13 de dezembro de 2024 às 14:00 - Atualizado às 14:22
Darik Sampaio, adolescendo sub-14 do Sport Recife. Foto: Redes Sociais/Reprodução
O processo sobre a morte de Darik Sampaio da Silva, de 13 anos, atingido por disparos efetuados por policiais militares de Pernambuco, segue em análise pela Subprocuradoria-Geral de Justiça. Um parecer será emitido após a 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital ter negado o pedido de arquivamento do caso, segundo informações de Raphael Guerra, do Jornal do Commercio, em matéria publicada nesta sexta-feira, 13 de dezembro.
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) informou que o caso está sendo avaliado, mas não há um prazo estabelecido para a conclusão do parecer. O adolescente, que era atleta da equipe de futsal sub-14 do Sport Club do Recife, foi morto em março deste ano, durante uma ação policial contra suspeitos de roubo na Rua Professora Arcelina Câmara, no bairro do Jordão, Zona Sul do Recife. Ele estava na calçada com duas amigas quando foi atingido por dois tiros.
De acordo com a Polícia Militar, houve troca de tiros no local. No entanto, a investigação da Polícia Civil concluiu que somente os policiais envolvidos na operação dispararam. Apesar disso, o inquérito não identificou o responsável pelos tiros que atingiram o adolescente. Os agentes não participaram da reprodução simulada solicitada durante a apuração.
O promotor Ademilton Carvalho Leitão solicitou o arquivamento do caso, mas a juíza Fernanda Moura de Carvalho discordou. Em sua decisão, ela considerou que a solicitação de arquivamento foi "precipitada" e destacou que há questões pendentes na investigação.
Nos autos, a juíza afirmou que a investigação apresentou lacunas, ressaltando que não houve ausência de possíveis autores, mas sim uma falta de aprofundamento nas diligências.
"Da leitura dos autos, algumas perguntas surgem e não estão satisfatoriamente respondidas, não por falta de elementos, mas por pouco esmero na investigação", escreveu.
"A elaboração de perícia técnica capaz de definir a trajetória dos disparos, estabelecendo de onde teria partido os tiros, o ângulo em que a bala atingiu a vítima; estudo que firmasse que tipo de projetil de arma de fogo provocaria o tipo de lesão que causou na vítima. São exemplos. Apenas com resposta a tais questionamentos se poderia filtrar algum dos envolvidos como provável autor", disse a decisão, que determinou o retorno do processo para a reanálise no MPPE.
Da redação do Portal com informações da coluna de Segurança do Jornal do Commercio.
3
4
01:58, 12 Fev
27
°c
Fonte: OpenWeather
O órgão fixou um prazo de 20 dias para o município informar se acata a recomendação e, se assim o fizer, quais foram as providências adotadas.
A Promotoria de Justiça ressalta ainda que a administração municipal deve ter atenção no que diz respeito à possível acumulação de cargo pelos novos servidores.
O crime aconteceu no mês de janeiro, em uma lanchonete no Alto do Mandu, na Zona Norte da capital pernambucana.
mais notícias
+