03 de dezembro de 2024 às 12:44 - Atualizado às 13:24
Darik, ex-atleta de futsal do Sport Club do Recife. Foto: Divulgação. Edição: Portal de Prefeitura
O inquérito sobre a morte do adolescente Darik Sampaio da Silva, de 13 anos, vítima de bala perdida, revelou que os disparos que o atingiram partiram de uma arma usada pela Polícia Militar de Pernambuco. No entanto, apesar da descoberta, não foi possível identificar o responsável pelos tiros, e o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) solicitou o arquivamento do caso, o que pode resultar em impunidade para o crime. As informações são da coluna de Segurança, do Jornal do Commercio, publicadas nesta terça-feira, 3 de dezembro.
O caso ocorreu em 16 de março de 2023, quando Darik, que era atleta de futsal do Sport Club do Recife, estava na calçada com duas amigas na Rua Professora Arcelina Câmara, no bairro do Jordão, Zona Sul do Recife. Durante uma perseguição policial a suspeitos de roubo de veículo, as meninas conseguiram fugir para dentro de uma residência próxima, mas o adolescente foi baleado na perna e no quadril. Após ser socorrido e encaminhado a uma policlínica, ele veio a falecer.
O inquérito, que foi concluído em outubro de 2023, apontou que os disparos que atingiram Darik partiram de armas utilizadas pela PM. No entanto, não foi possível identificar o policial responsável, o que gerou críticas à investigação. Apesar disso, a Polícia Civil não divulgou inicialmente que os tiros que causaram a morte do adolescente partiram da PM, fato que só foi confirmado mais tarde. A versão oficial da PM, que dizia que os suspeitos haviam disparado contra os policiais durante a perseguição, foi contraditada pelas provas reunidas durante a investigação.
O promotor Ademilton Carvalho Leitão, em seu parecer, apontou que cinco policiais militares, que participaram da perseguição, se negaram a participar da reprodução simulada, um procedimento essencial para tentar identificar o responsável pelos disparos. Além disso, os depoimentos de testemunhas e suspeitos presos na mesma ocasião, que afirmaram não ter disparado durante a abordagem, foram levados em consideração, o que gerou dúvidas sobre a versão da PM.
Nos depoimentos, quatro policiais militares assumiram que dispararam durante a abordagem aos suspeitos, mas apenas um deles revelou que usou uma submetralhadora Taurus, enquanto os outros disseram ter utilizado pistolas .40. Mesmo com esses relatos, não foi possível localizar o autor do disparo fatal, e o inquérito foi concluído sem indiciamento. Laudos de balística confirmaram que os projéteis encontrados no local eram compatíveis com o calibre .40, utilizado pelas armas da PM.
Em seu parecer, o promotor reforçou que não havia provas suficientes para fazer uma denúncia formal contra os policiais militares, o que levou o MPPE a recomendar o arquivamento do caso. O promotor também indicou que, caso surjam novas provas, a investigação pode ser reaberta.
O caso de Darik gerou repercussão na época devido à contradição entre os depoimentos e a versão oficial da Polícia Militar, que inicialmente afirmou que os suspeitos haviam disparado contra os policiais. As provas encontradas no local, incluindo projéteis de calibre .40, contradizem essa versão.
Embora o arquivamento seja o encaminhamento inicial, o promotor deixou claro que, caso novas evidências surjam, a investigação poderá ser desarquivada e revisada.
Da redação do Portal com informações da coluna Segurança, do Jornal do Commercio.
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