02 de novembro de 2024 às 12:40 - Atualizado às 12:42
Policial penal preso por ajudar o Comando Vermelho. Foto: Divulgação
José Ramony Emanuel de Melo Costa, ex-diretor de presídios de 29 anos, foi preso na última quinta-feira, 31 de outubro, sob a acusação de liderar um esquema para facilitar a entrada de celulares em uma unidade prisional de Itaitinga, localizada na região metropolitana de Fortaleza, no Ceará.
De acordo com as investigações, o policial penal estaria facilitando o uso desses aparelhos por detentos ligados à facção Comando Vermelho (CV) para coordenar crimes de dentro das prisões.
A investigação indica que Ramony recebeu R$ 35 mil em uma das transações, cobrando uma média de R$ 12 mil por cada aparelho introduzido nas unidades prisionais.
A prisão foi realizada em meio a uma investigação conduzida pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD), órgão responsável por supervisionar a conduta de policiais penais e demais servidores ligados à segurança pública.
Durante a operação que resultou na detenção de Ramony, autoridades apreenderam itens como um carro de luxo, quantias de dinheiro em espécie e uma série de aparelhos celulares.
Segundo informações da CGD e da Delegacia de Assuntos Internos (DAI), as investigações seguem em andamento para elucidar os detalhes do esquema e possíveis outras pessoas envolvidas.
Alertados, outros agentes penais reuniram e apresentaram à DAI seis aparelhos apreendidos na unidade no último mês de outubro. A partir dessas informações, uma operação foi deflagrada, culminando na prisão de Ramony e na apreensão de um veículo BMW, aproximadamente R$ 45 mil em dinheiro, seis celulares, 10 chips, munições, carregadores e outros acessórios para os aparelhos.
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No local, os agentes apreenderam um fuzil calibre 7.62, um revólver calibre 357, duas carabinas calibres 12 e 38, uma pistola 9 mm, munições, coletes balísticos, uma granada e três papelotes de cocaína.
A ocorrência e os envolvidos foram encaminhados para Delegacia, para prestarem outros esclarecimentos sobre a procedência do automóvel e onde será investigado o caso.
A PF atribui ao general os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Somadas, as penas máximas previstas para esses delitos chegam a 28 anos de prisão.
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