13 de novembro de 2024 às 19:06 - Atualizado às 19:19
Rússia ameaça cortar cabos submarinos de internet Fotos: Valter Campanato/ Agência Brasil e Reprodução/ Submarine Cable Map
Nas últimas semanas, os Estados Unidos detectaram um aumento na presença da Rússia em áreas próximas a cabos submarinos, que transportam a maior parte do tráfego de internet mundial, segundo revelações da CNN em setembro deste ano.
Esse movimento de Moscou, conforme apontado por autoridades americanas, indica uma possível intenção de realizar operações de sabotagem contra essa infraestrutura crítica para as comunicações globais.
A Rússia conta com uma unidade militar especializada nessa tarefa, dedicada ao monitoramento e possível interferência nesses pontos sensíveis.
A Diretoria Principal do Estado-Maior para Pesquisa em Mar Profundo (GUGI, na sigla em inglês) é uma unidade secreta que opera uma frota de navios, submarinos e drones navais, vistos regularmente perto dos cabos submarinos.
"Estamos preocupados com a atividade naval russa intensificada em todo o mundo e que o cálculo de decisão da Rússia para danificar a infraestrutura submarina crítica dos EUA e aliados pode estar mudando", afirmou uma das fontes.
Aliados dos Estados Unidos na Europa também identificaram o mesmo padrão de movimentação, especialmente nos mares ao norte do continente.
Em 2023, uma investigação conduzida por emissoras públicas da Dinamarca, Finlândia, Suécia e Noruega detectou navios russos próximos a cabos submarinos e parques eólicos, sugerindo um monitoramento ativo.
A investigação envolveu interceptação de comunicações, análise de dados e fontes de inteligência, revelando que aproximadamente 50 navios operaram na região nos últimos anos, mapeando locais para possíveis ataques a essa infraestrutura.
A comunidade internacional também se alarmou após o vice-chefe do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, afirmar, no ano passado, que não haveria obstáculos para destruir cabos submarinos dos “inimigos” em resposta à alegada participação no atentado contra o gasoduto Nord Stream em 2022.
Essenciais para a comunicação global, os cabos submarinos são responsáveis por 95% do tráfego de internet no mundo, segundo dados da Internet Society.
Com mais de 600 cabos ativos ou planejados, a rede cobre cerca de 1,5 milhão de quilômetros, conectando continentes e permitindo trocas de dados quase instantâneas entre países.
No Brasil, a infraestrutura submarina tem um ponto estratégico em Fortaleza, onde um hub de fibra óptica no litoral abriga 16 cabos ativos, operados por diferentes empresas.
Segundo o Ministério das Comunicações, cerca de 90% do tráfego de internet no país passa pelo ponto de conexão na capital cearense, reforçando a importância desse sistema para a economia e segurança nacionais.
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