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PL protocola urgência da anistia do 8/1 com 56% dos apoios da base de Lula

Das 262 assinaturas reunidas pelo PL, 146 são de deputados federais de partidos que ocupam cargos de destaque no governo.

14 de abril de 2025 às 18:39   - Atualizado às 18:40

Presidente Luis Inácio Lula da Silva.

Presidente Luis Inácio Lula da Silva. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O Partido Liberal (PL) protocolou nesta segunda-feira, 14 de abril, na Câmara dos Deputados, um requerimento de urgência para o projeto de anistia dos atos de 8 de janeiro. O que chamou atenção foi o forte apoio de parlamentares ligados à base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Das 262 assinaturas reunidas pelo PL, 146 são de deputados federais de partidos que ocupam cargos de destaque no governo. O União Brasil lidera essa lista, com 40 assinaturas, seguido por Progressistas (35), Republicanos (28), PSD (23) e MDB (20). Todos esses partidos têm representantes à frente de ministérios da atual gestão.

A adesão significativa de parlamentares aliados ao governo ao projeto liderado pela oposição foi um dos fatores que levaram o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder da legenda na Câmara, a decidir pelo protocolo do pedido de urgência. Inicialmente, Sóstenes hesitava em avançar com o requerimento, mas a expressiva participação de nomes da base governista acabou motivando a formalização da proposta.

A movimentação expõe a postura ambígua de partidos que, mesmo integrando o Executivo, demonstram alinhamento com pautas defendidas pela oposição, como é o caso da anistia aos envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília

Anistia e crise 

A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), classificou como "desavisados" os deputados que assinaram o pedido de urgência ao projeto que anistia os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro.

Segundo a ministra, o Congresso Nacional pode discutir a redução de penas aos civis condenados, mas afirmou que uma anistia geral beneficiaria o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros militares.

"Eu confio muito na palavra do presidente [da Câmara] Hugo Motta, de que esse projeto não irá a voto, até porque se for, cria uma crise institucional, como ele mesmo disse", afirmou Gleisi.

Quase 100 deputados da base aliada do governo são favoráveis ao perdão aos condenados pelos atos golpistas do 8 de Janeiro, de acordo com o Placar da Anistia do Estadão. Grande parte deles integra siglas do Centrão e está alinhada ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

"Ao exigir 'anistia ampla, geral e irrestrita', o réu Jair Bolsonaro deixou cair a máscara. É para deixá-lo impune, junto com os comandantes do golpe", escreveu Gleisi em publicação no X (antigo Twitter).

A ministra acrescentou que vê alguns parlamentares interessados em mediar as penas das pessoas que participaram dos atos, que vêm sendo consideradas rigorosas por parte da sociedade.

Contudo, destacou que o texto que pode ser levado a votação é "um projeto que dá anistia ao Bolsonaro e aos generais".

"Nunca foi para o pipoqueiro, o sorveteiro nem a moça do batom. É para afrontar o Judiciário que Bolsonaro quer anistia prévia, antes de ser julgado. E quer que os deputados se prestem a esse papel, jogando o país numa crise institucional", completou a ministra.

Gleisi falou com jornalistas depois de participar de reunião no Palácio da Alvorada para a escolha de Pedro Lucas Fernandes (MA) como novo ministro das Comunicações.

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