Ministro Alexandre de Moraes e o general Braga Netto. Foto: Montagem Portal/Divulgação
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu na quinta-feira, 22 maio, manter a prisão do general Braga Netto, preso no âmbito das investigações do inquérito da tentativa de golpe de Estado.
O general da reserva e vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022 está preso desde dezembro do ano passado sob a acusação de obstruir a investigação sobre a tentativa de golpe de Estado no país para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele é um dos réus do núcleo 1 da trama golpista, grupo que também inclui o ex-presidente e o general Augusto Heleno.
Segundo Moraes, a soltura de Braga Netto pode atrapalhar o andamento da ação penal sobre a tentativa de golpe. O ministro citou o depoimento prestado na quarta-feira, 21 de maio, ao Supremo, pelo ex-comandante da Aeronáutica Baptista Júnior, que relatou ameaças contra seus familiares.
"A testemunha de acusação afirmou em seu depoimento que o réu Walter Souza Braga Netto foi responsável por orientar militares golpistas a pressionar a testemunha e a sua família, uma vez que o tenente-brigadeiro Baptista Júnior foi contrário ao plano golpista da organização criminosa. Salientou, ainda, que encerrou suas contas em redes sociais, considerando a intensa pressão exercida pelos militares golpistas, orientados por Walter Souza Braga Netto", justificou o ministro.
Durante as investigações, a Polícia Federal identificou que o general, indiciado por ser um dos principais articuladores do plano golpista, tentou obter dados sigilosos da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Após a prisão, a defesa negou que Braga Netto tenha obstruído as investigações.
Agência Brasil
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O parlamentar é filho de Gilson Machado, preso nesta sexta-feira (13), em Recife, após ação da Polícia Federal. Ele é acusado de tentar ajudar Mauro Cid a fugir do Brasil.
Apesar do vínculo político direto e da longa parceria entre os dois, o ex-presidente não demonstrou publicamente qualquer solidariedade ao seu ex-ministro.
O ex-ministro chegou a mover uma ação judicial contra a parlamentar, em 2024, após ela ter criticado sua atuação política e sua possível ligação com grupos extremistas.
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