05 de janeiro de 2024 às 15:50
O ministro da Justiça e Segurança Pública em exercício, Ricardo Cappelli, afirmou que as investigações devem ir até "as últimas consequências" a fim de punir os responsáveis por um suposto plano para matar e prender o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) durante os atos de 8 de janeiro de 2023. Ele ainda disse que o intento é "gravíssimo" e "inaceitável".
Durante entrevista ao jornal O Globo, divulgada nesta quinta-feira, 4 de janeiro, Moraes contou que as investigações dos atos golpistas de 8 de janeiro apontaram para uma estratégia que almejava sua prisão e assassinato.
O magistrado ainda partilhou que este plano teria a participação de servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Ao todo, segundo Alexandre de Moraes, foram cogitados três planos para prendê-lo e matá-lo, sendo que um deles previa enforcá-lo em plena Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Para Cappelli, que conversou com jornalistas nesta quinta-feira, 4, a existência deste esquema revela a gravidade do que estava em curso no País.
"Gravíssimo e inaceitável cogitarem atentar contra a vida de um ministro da Suprema Corte do Brasil", disse
Moraes também foi em suas redes sociais falar sobre o ocorrido.
"O plano contra o ministro Alexandre de Moraes indigna todos os democratas. Iremos às últimas consequências para identificar e punir todos os responsáveis. [Eles] acertarão suas contas com a Justiça e com a história", escreveu ele posteriormente na rede social X, antigo Twitter.
No dia 8 de janeiro do ano passado, vândalos bolsonaristas inconformados com o resultado das eleições de 2022, depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.
O ministro Alexandre de Moraes era um dos principais alvos das manifestações golpistas que foram gestadas desde o fim segundo turno das eleições de 2022.
Estadão Conteúdo
Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), disse em entrevista que as investigações, sobre os atos de 8 de janeiro teria desvendado a existência de três planos contra ele.
Um deles, segundo o magistrado, serio o planejamento para prendê-lo e enforcá-lo na Praça dos Três Poderes
“Eram três planos. O primeiro previa que as Forças Especiais me prenderiam em um domingo e me levariam para Goiânia. No segundo, se livrariam do corpo no meio do caminho para Goiânia. Aí, não seria propriamente uma prisão, mas um homicídio. E o terceiro, de uns mais exaltados, defendia que, após o golpe, eu deveria ser preso e enforcado na Praça dos Três Poderes”, disse Moraes.
A declaração foi dada em uma entrevista concedida por Moraes ao jornal O Globo.
O ministro também falou sobre a existência de outro inquérito que apura a possibilidade de envolvimento da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) nos supostos planos contra ele.
“Houve uma tentativa de planejamento. Inclusive, e há outro inquérito que investiga isso, com participação da Abin, que monitorava os meus passos para quando houvesse necessidade de realizar essa prisão. Tirando um exagero ou outro, era algo que eu já esperava “, afirmou o ministro.
Perguntado sobre a influência que as redes sociais tiveram nos atos de 8 de janeiro, Moraes respondeu respondeu que as plataformas “falharam e foram instrumentalizadas”. O ministro também disse que a regulamentação vai ser “uma bandeira importante Tribunal Superior Eleitoral no primeiro semestre de 2024″.
“A regulamentação das redes sociais vai ser uma bandeira importante do Tribunal Superior Eleitoral no primeiro semestre de 2024. Elas falharam e foram instrumentalizadas no 8 de janeiro. Proliferaram o discurso de ódio, antidemocrático, permitindo que as pessoas se organizassem para a “festa da Selma”, que era o nome utilizado [para o 8 de janeiro]”, completou.
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