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Flávio Dino acompanha Moraes e vota para condenar ROBERTO JEFFERSON a mais de 9 ANOS de PRISÃO

O placar no plenário virtual agora é 2 a 0 pela condenação.

Everthon Santos

11 de dezembro de 2024 às 07:32   - Atualizado às 07:33

Flávio Dino e Roberto Jefferson.

Flávio Dino e Roberto Jefferson. Foto: Divulgação

O ministro Flávio Dino acompanhou, na noite desta segunda-feira, 9, o voto do relator Alexandre de Moraes no julgamento do ex-deputado Roberto Jefferson (sem partido-RJ) no Supremo Tribunal Federal (STF).

Dino não apresentou nenhuma objeção ao relatório apresentado por Moraes e reforçou o pedido de condenação do réu a nove anos, um mês e cinco dias de prisão. O placar no plenário virtual agora é 2 a 0 pela condenação.

Alexandre de Moraes apresentou um relatório detalhado sobre os crimes atribuídos a Jefferson, incluindo abolição violenta ao Estado Democrático de Direito, calúnia, homofobia e incitação ao crime. Moraes também estipulou uma indenização de R$ 200 mil por danos morais coletivos e o pagamento de 120 dias-multa.

As denúncias contra Roberto Jefferson incluem declarações de incentivo à violência, como a incitação à invasão do Senado Federal e ameaças de explosão ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Moraes enfatizou que as ações configuram grave ameaça à ordem democrática.

Segundo Moraes, Roberto Jefferson, que é aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e presidiu o PTB (que se fundiu ao Patriota e se tornou o PRD no ano passado) utilizou recursos do partido político para compartilhar publicações falsas que visavam prejudicar a "independência do Poder Legislativo e Judiciário e a manutenção do Estado Democrático de Direito".

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"É completamente absurda que a atuação vil de um ex-deputado federal, que exerceu mandato em várias legislaturas, e ex-dirigente de partido político, com utilização dos recursos recebidos desta organização (não há notícias do réu exercer outra atividade), cause os relevantes e duradouros danos revelados, em completa deturpação da expectativa de filiados e pretensos eleitores, através de violação dos princípios constitucionais consagrados no Brasil", escreveu Moraes.

Além dos crimes de calúnia, incitação ao crime e abolição violenta do Estado Democrático de Direito, que giram em torno das publicações de Jefferson contra parlamentares do Congresso Nacional e ministros do STF, Moraes também votou para condenar o ex-deputado por homofobia.

O ministro levou em consideração uma entrevista dele, em julho de 2021, onde afirmou que a comunidade LGBTQIA+ representava a "demolição moral da família".

Jefferson está detido desde 2023, após resistir à prisão com violência. Durante a operação da Polícia Federal, ele utilizou granadas e disparou com um fuzil contra agentes que cumpriam mandados de busca em sua residência no Rio de Janeiro. Desde junho, ele está internado em um hospital no Rio, devido a complicações médicas.

A ação penal, iniciada pela PGR em 2022, é baseada em provas como entrevistas e vídeos que mostram Jefferson incitando atos violentos e disseminando discurso de ódio. A defesa não conseguiu reverter as acusações.

O julgamento deve receber os votos dos demais ministros até sexta-feira, 13. Caso a condenação seja confirmada, Jefferson cumprirá a pena inicialmente em regime fechado.

Estadão Conteúdo

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