07 de janeiro de 2025 às 17:29 - Atualizado às 17:43
Bolsonaro em manifestação Foto: Facebook/Bolsonaro
A percepção sobre a responsabilidade de Jair Bolsonaro nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 sofreu mudanças significativas entre os eleitores de diferentes espectros políticos, conforme revela a mais recente pesquisa Genial/Quaest. Segundo o levantamento, a percepção de que o ex-presidente teve influência na invasão dos Três Poderes triplicou entre os eleitores de Bolsonaro, enquanto caiu entre os de Luiz Inácio Lula da Silva.
O aumento da percepção de que Bolsonaro esteve envolvido nos atos de 8/1 foi expressivo entre seus apoiadores: 37% dos eleitores que votaram nele em 2022 acreditam que ele teve participação nos eventos, o que representa um salto considerável em relação aos 13% registrados no ano passado. Esse dado reflete uma mudança de postura, já que a maior parte dos eleitores de Bolsonaro ainda negava qualquer envolvimento de seu líder nos episódios golpistas, mas a fatia de céticos caiu de mais de 80% para 55% entre 2023 e 2024.
Por outro lado, entre os eleitores de Lula, a percepção de que Bolsonaro teve um papel nos eventos diminuiu 19 pontos percentuais, caindo de 79% para 60%. Embora essa diminuição tenha ocorrido, ainda há uma grande maioria dos eleitores de Lula que acredita no envolvimento do ex-presidente nos atos de vandalismo.
Em termos gerais, a pesquisa mostra que 50% dos entrevistados acreditam que Bolsonaro exerceu influência sobre a invasão dos Poderes, enquanto 39% o eximem de qualquer responsabilidade. Esses números refletem uma mudança em relação ao final de 2023, quando 47% acreditavam no envolvimento de Bolsonaro e 43% negavam. No entanto, em fevereiro de 2023, a percepção de culpa de Bolsonaro era ainda mais alta, com 51% dos entrevistados associando-o aos atos golpistas.
Apesar das diferenças na percepção sobre o papel de Bolsonaro, a desaprovação geral dos atos de 8 de janeiro permanece elevada, com 86% dos brasileiros condenando as invasões às sedes dos Três Poderes em Brasília. Esse percentual, embora ainda alto, é inferior aos 94% registrados logo após o episódio, em fevereiro de 2023. A reprovação entre os eleitores de Bolsonaro se manteve alta, com 85% desaprovando a invasão, uma leve queda em relação aos 90% registrados em fevereiro do mesmo ano. Entre os eleitores de Lula, a desaprovação também diminuiu, indo de 97% para 88%.
Felipe Nunes, CEO da Quaest, destaca que o caso de 8 de janeiro no Brasil foi tratado como uma questão relacionada à democracia e não à polarização partidária, o que ajudou a manter o elevado índice de desaprovação aos atos golpistas. Ele aponta que, ao contrário do que ocorreu nos Estados Unidos com a invasão ao Capitólio em 2021, o tema no Brasil não se transformou em uma disputa entre partidos, o que ajudou a consolidar o entendimento sobre a gravidade do ocorrido.
Enquanto isso, nos Estados Unidos, as pesquisas indicam que o apoio à invasão ao Capitólio aumentou entre os eleitores republicanos ao longo do tempo, algo que não se observou no Brasil, onde a maioria dos eleitores, independentemente de sua preferência política, se posiciona contra os ataques aos Poderes.
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