Padre denunciado pelo MP Foto: Divulgação
O escândalo envolvendo o padre afastado Genivaldo Oliveira dos Santos, de 42 anos, ganhou novos desdobramentos nesta semana. O padre é denunciado por crimes sexuais pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), que identificou três novas vítimas e formalizou uma acusação por 21 crimes que teriam sido cometidos ao longo de mais de uma década.
A denúncia, apresentada à Justiça na última sexta-feira (3), inclui estupro de vulnerável, importunação sexual, violação sexual mediante fraude e tráfico de drogas, entre outros crimes. Com isso, o número total de vítimas subiu para 13 pessoas, entre homens e mulheres, com idades que variam de 12 a 48 anos.
Segundo o MP, o padre é denunciado por crimes sexuais que ocorreram em várias cidades, como Cascavel, Rio de Janeiro, Santa Lúcia e Boa Vista da Aparecida. As vítimas relataram ter sido manipuladas por meio de violência, drogas e até promessas espirituais. Em um dos casos mais graves, uma substância misteriosa era ministrada em gotas para deixar a vítima inconsciente.
O Ministério Público também solicitou a condenação de Genivaldo e indenizações por danos morais e materiais, com valores entre R$ 20 mil e R$ 150 mil para cada vítima. Além disso, pede investigações adicionais sobre possível desvio de doações da igreja e omissão por parte de autoridades eclesiásticas.
Documentos anexados à denúncia revelam que a Arquidiocese de Cascavel já tinha conhecimento de acusações contra o padre desde 2011, mas não comunicou os fatos às autoridades civis. O então arcebispo Dom Mauro Aparecido dos Santos, falecido em 2021, teria sido alertado por um seminarista sobre uma tentativa de abuso sexual.
O padre denunciado por crimes sexuais está atualmente detido no Complexo Médico Penal (CMP), em Curitiba, após uma transferência não comunicada oficialmente à polícia e ao Judiciário, o que motivou nova apuração solicitada pelo MP.
A Arquidiocese de Cascavel não comentou o processo criminal, mas afirmou que o processo canônico está em fase final e será encaminhado ao Vaticano. O caso segue em sigilo na Justiça.
Este é mais um capítulo de uma história que revela não apenas a gravidade dos crimes sexuais praticados por líderes religiosos, mas também o impacto devastador em comunidades inteiras que confiavam em sua liderança espiritual. O MP alerta para a importância de denúncias e da responsabilização institucional quando há omissão diante de crimes tão graves.
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"Convivo com os sintomas há mais de 20 anos. Tratei durante muito tempo", disse religioso em entrveista ao programa "Angélica ao Vivo".
O último dia de operação foi 27 de outubro, segundo a China Aid, organização que monitora a perseguição religiosa no país.
O decreto aponta que o título de "corredentora" carrega um risco de "obscurecer a única mediação salvífica de Cristo".
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