04 de janeiro de 2025 às 11:27 - Atualizado às 11:58
O vereador Paulo André acusou o prefeito Diego Cabral de ser o responsável por orquestrar os eventos Foto Montagem/Portal de Prefeitura
A crise política que tem afetado a Câmara Municipal de Camaragibe está cada vez mais acirrada, com disputas acentuadas sobre a eleição da Mesa Diretora e a cerimônia de posse dos novos vereadores e do prefeito. Em entrevista ao Correio de Notícias, o vereador Paulo André acusou o prefeito Diego Cabral de ser o responsável por orquestrar os eventos que levaram à confusão durante a solenidade de posse.
Paulo André defendeu que a eleição da Mesa Diretora foi legítima, uma vez que a cerimônia já havia sido iniciada formalmente, mesmo após os vereadores aliados ao prefeito terem se retirado do plenário. Para ele, não havia razão para interromper a sessão, e a eleição deveria ter seguido normalmente com a continuidade dos trabalhos. “A sessão já estava aberta e poderia continuar com os vereadores presentes”, afirmou.
A situação ganhou contornos mais complicados quando o vereador Geraldo Alves ingressou com uma ação na Justiça para declarar a vacância do cargo de presidente da Câmara. No entanto, após um erro na distribuição do processo, Geraldo desistiu da ação e entrou com um novo pedido no plantão judiciário. Segundo Paulo André, a desistência do processo indicaria uma “confissão” sobre a legitimidade da eleição da Mesa Diretora. Mesmo assim, Geraldo garantiu que continuará aguardando a decisão judicial para definir os próximos passos e realizar a eleição da Mesa, conforme o Regimento Interno da Câmara.
Um detalhe curioso sobre o episódio veio à tona: durante a mediação entre a Polícia Militar e os vereadores no dia 1º de janeiro, Geraldo Alves não revelou ser o autor do ofício solicitando proteção à Câmara. Documentos exclusivos obtidos pelo site Correio de Notícias mostram que Geraldo já sabia da ação da Guarda Municipal. O pedido de “proteção” foi autorizado pela prefeitura por meio de um despacho assinado pelo comandante da Guarda, Clóvis Gomes, ainda às 18h20 do mesmo dia. Vizinhos relataram que a Guarda Municipal já estava presente pela tarde, levantando questionamentos sobre a necessidade da medida.
Essa situação gerou diversas dúvidas sobre os procedimentos adotados. Quando exatamente foi impresso o ofício? Se a Guarda Municipal já havia trancado a Câmara, como alegar falta de quórum para a posse da Mesa? Por que os vereadores da base do prefeito abandonaram a cerimônia de posse?
Paulo André, por sua vez, continua a exercer suas funções como presidente da Câmara, afirmando que despacha regularmente e que sua posição como presidente é legítima. Ele ainda afirmou que, caso o prefeito Diego Cabral não compareça para uma nova cerimônia de posse, poderá ser substituído pelo presidente da Câmara.
A crise política em Camaragibe segue sem resolução, com a expectativa de uma decisão judicial que possa pacificar o impasse. Enquanto isso, a Câmara Municipal permanece dividida e à espera de uma possível nova convocação do prefeito.
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