02 de outubro de 2024 às 13:44 - Atualizado às 14:19
Scretário-geral da ONU, António Guterres. Foto: Divulgação/ONU
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, declarou nesta quarta-feira, 2 de outubro, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, como persona non grata - ou seja, proibido de entrar no país. Katz o acusou de não condenar inequivocamente o ataque iraniano contra Israel na terça-feira, dia 1º.
Após o ataque do Irã, Guterres divulgou uma breve declaração em que condena "a ampliação do conflito no Oriente Médio, com escalada após escalada". "Isso deve parar. Precisamos absolutamente de um cessar-fogo", afirmou.
Os comentários de Katz ocorreram enquanto Israel amplia ataques aéreos no sul da Faixa de Gaza - onde um bombardeio na noite da segunda, matou pelo menos 51 pessoas, segundo autoridades médicas palestinas - e abre frente de combate terrestre no Líbano.
Segundo ministro, Guterres vai ser lembrado “como uma mancha na história da ONU”.
O Hezbollah disse que seus combatentes entraram em confronto com tropas israelenses na cidade fronteiriça libanesa de Odaisseh, forçando as tropas a recuar. Não houve comentários imediatos dos militares israelenses ou confirmação independente da luta, que marcaria o primeiro combate terrestre desde que as tropas israelenses cruzaram a fronteira esta semana. A mídia israelense relatou unidades de infantaria e tanques operando no sul do Líbano, depois que os militares enviaram milhares de tropas e artilharia adicionais para a fronteira.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse em entrevista a jornalistas no México ser "inexplicável" o Conselho de Segurança da ONU não ser capaz de fazer Israel conversar sobre o conflito no Oriente Médio. Na situação atual, de acordo com o petista, o governo israelense "só sabe matar".
Israel ataca sistematicamente a Faixa de Gaza há cerca de um ano, desde que o grupo extremista Hamas fez uma série de atentados contra o país. Agora, os israelenses começaram a fazer ataques contra o Líbano sob o argumento de destruir o Hezbollah. Já há vítimas brasileiras.
"O que eu lamento é o comportamento do governo de Israel. Sinceramente, é inexplicável que o conselho da ONU não tenha autoridade moral e política de fazer com que Israel sente numa mesa para conversar ao em vez de só saber matar", declarou o petista. Lula critica frequentemente as ações militares israelenses.
O presidente da República disse que operações para repatriação de brasileiros, como a que está sendo organizada para tirar pessoas do Líbano, serão realizadas "em todos os lugares que for preciso". O governo brasileiro fez ação semelhante no ano passado em Gaza e Israel, quando as hostilidades ganharam força
Lula falou a jornalistas antes da posse de Claudia Sheinbaum como presidente do México. Eles tiveram uma reunião na segunda-feira, 30. O petista classificou a mexicana como politicamente preparada. Também disse que o México começou um movimento de abertura comercial com o Brasil que fez o fluxo comercial entre os países passar de US$ 14 bilhões. "Há possibilidade de crescimento", disse o brasileiro.
Estadão Conteúdo
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