29 de novembro de 2024 às 17:07 - Atualizado às 17:08
Ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução/Metrópoles
Na quinta-feira, 28 de novembro, em entrevista à Revista Oeste, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) um acordo de anistia para si e para os presos pelos atos de 8 de janeiro. Ele foi indiciado pela Polícia Federal sob suspeita de tentativa de golpe de Estado.
Bolsonaro também comentou que um dos lados precisa ceder para trazer pacificação ao Brasil e ainda comparou o cenário atual à promulgação da Lei de Anistia, em 1979, durante o regime militar, que concedeu perdão a crimes cometidos tanto por agentes do Estado quanto por opositores do regime.
"Que dois pesos e duas medidas são essas, meu Deus do céu? Para nós pacificarmos o Brasil, alguém tem que ceder. Quem tem que ceder? O senhor Alexandre de Moraes. Em 1979, foi anistiada gente que matou, que soltou bomba, que sequestrou, que roubou, que sequestrou avião. Vamos pacificar, zera o jogo daqui para frente. Agora, se tivesse uma palavra do Lula ou do Alexandre de Moraes no tocante à anistia, estava tudo resolvido. Não querem pacificar? Pacifica!”, ressaltou o ex-presidente.
Além disso, o ex-presidente ainda apelou aos ministros do STF. “Por favor, repensem, vamos partir para uma anistia, vai ser pacificado”, pontuou Bolsonaro.
Bolsonaro rejeitou as acusações feitas no relatório da Polícia Federal, chamando-o de uma “ficção”. Ele disse que as discussões que ocorreram no final de seu governo foram mal interpretadas. Embora tenha admitido que conversou com os comandantes das Forças Armadas sobre o artigo 142 da Constituição e sobre situações como o estado de defesa e estado de sítio, negou que houvesse planos para um golpe.
Essas reuniões, segundo Bolsonaro, aconteceram depois que Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), decidiu multar o PL em R$ 22 milhões por questionar as urnas eletrônicas no segundo turno das eleições. Bolsonaro insistiu que essas conversas eram apenas debates hipotéticos, sem intenções concretas.
O ex-presidente ainda fez uma comparação entre sua situação e a dos perseguidos políticos na Venezuela, Nicarágua e Bolívia.
“Querem arrumar uma maneira de me tirar de combate. Alguns acham até que não é nem tornar inelegível por mais tempo ou uma condenação. Querem é executar. Vou acabar sendo um problema para eles [se eu for] trancafiado”, concluiu.
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A celebração organizada pelo deputado Francismar Pontes teve como objetivo principal agradecer pelas conquistas alcançadas ao longo do ano.
Vale lembrar que o ex-presidente está inelegível até 2030 por determinação do TSE.
Entre os nomes dos parlamentares se destacam Kim Kataguiri (UB-SP) e Clarissa Tércio (PP-PE).
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