A exonaração acontece duas semanas após o ex-ministro dos Direitos Humanos também ser demitido sob a mesma acusação. Cláudio Augusto Vieira da Silva é alvo de 14 denúncias.
Acusado de assédio moral, governo demite ex-secretário de Silvio Almeida. Foto: Arte/Portal de Prefeitura
Nesta quinta-feira, 19 de setembro, foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) a exoneração do secretário da Criança e do Adolescente do Ministério dos Direitos Humanos, Cláudio Augusto Vieira da Silva, após denúncias de assédio moral. A demissão acontece duas semanas após o titular da pasta, Silvio Almeida, também ser demitido sob acusação de assédio.
Pesam sobre Cláudio Augusto ao menos 14 denúncias de assédio moral. Entre as acusações, estão ameaças de exoneração de funcionários, desqualificação de subordinados a críticas às mulheres que estão em licença-maternidade.
Cláudio Augusto era um dos principais assessores de Silvio Almeida. As denúncias contra ele estavam arquivadas desde janeiro, mas foram reabertas sob gestão de Macaé Evaristo, substituta de Almeida nos Direitos Humanos.
"O guia elaborado pela CGU apresenta 34 exemplos de condutas de assédio moral, das quais 14 práticas podem ser atribuídas, de maneira sistematizadas, ao comportamento do secretário nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Claudio Augusto Vieira da Silva, contra diversas pessoas que trabalham na SNDCA", diz a denúncia dos servidores.
Segundo informações do PlenoNews, Macaé Evaristo analisa outros casos e não descarta novas demissões.
O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, foi denunciado à organização Me Too Brasil por supostos episódios de assédio sexual contra mulheres. O Me Too Brasil, que acolhe vítimas da violência, confirmou à coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles. A informação foi noticiada no início da noite desta quinta-feira, 5 de setembro.
A coluna contatou a organização após receber denúncias de suposta prática de assédio sexual por Silvio Almeida contra a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, além de outras mulheres. Anielle não quis comentar os relatos sobre o suposto assédio contra ela. Procurado, Almeida não respondeu à coluna.
Segundo o Me Too, as mulheres que denunciaram Silvio Almeida pediram anonimato. Indagado se uma destas denunciantes foi a ministra, o Me Too afirmou que não poderia confirmar para não expor supostas vítimas.
A coluna apurou com 14 pessoas, entre ministros, assessores do Governo Federal e amigos de Anielle Franco, como teriam ocorrido os supostos episódios de assédio a Anielle, que incluiriam toque nas pernas da ministra, beijos inapropriados ao cumprimentá-la, além de o próprio Silvio Almeida, supostamente, ter dito a Anielle expressões chulas, com conteúdo sexual. Todos os episódios teriam ocorrido no ano passado.
O assunto é de conhecimento de vários ministros do governo. A coluna procurou tanto Anielle quanto Silvio Almeida. Ambos não quiseram se pronunciar sobre o tema. O espaço segue aberto para manifestações.
À coluna, o Me Too afirmou que não compartilha as informações de vítimas sem o consentimento delas e da equipe técnica responsável pelo acolhimento.
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