13 de novembro de 2023 às 16:53
O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta segunda-feira, 13 de novembro, que é a favor das descriminalização do aborto, mas, por enquanto, não pretende pautar a retomada do julgamento sobre o tema.
"Não vou pautar por agora, porque acho que o debate público não está fortalecido, mas eu pessoalmente considero um direito fundamental da mulher a sua liberdade sexual e reprodutiva", afirmou em seminário promovido pelo Estadão e a Universidade Presbiteriana Mackenzie sobre "O papel do STF na democracia".
"O Estado não tem o direito de mandar a polícia, o promotor ou o juiz obrigarem uma mulher a ficar grávida do filho que ela não quer ter."
O julgamento do aborto foi iniciado em setembro, na reta final do mandato da ministra Rosa Weber, no plenário virtual do STF.
Ela defendeu o direito de interrupção voluntária da gestação até a 12ª semana, em um de seus últimos votos antes da aposentadoria foi Barroso quem suspendeu a votação no plenário virtual e pediu para retomar o caso no plenário físico.
O presidente do STF disse, no evento promovido pelo Estadão, que o julgamento precisará voltar à pauta "em algum momento", mas que não há perspectiva de quando.
"Mas, de novo, onde há um direito fundamental, ele não pode depender de vontade política", seguiu.
O ministro defendeu ainda que ser contra o aborto não pode ser sinônimo de criminalizar a mulher que precisa se submeter ao procedimento.
"Querer que o Estado combata o aborto, dando educação sexual, distribuindo contraceptivos, amparando a mulher que queira ter filho e esteja em situação adversa, portanto o enfrentamento ao aborto, não é sinônimo de querer prender a mulher que tenha tido o infortúnio de precisar fazer um aborto, de modo que esse debate não está maduro", concluiu.
Estadão Conteúdo
1
2
19:44, 17 Nov
26
°c
Fonte: OpenWeather
O programa faz parte da estratégia Mais Professores para o Brasil pretende aumentar a presença de profissionais qualificados nas salas de aula.
Segundo a parlamentar, o valor, pago com recursos públicos, representa um gasto incompatível com a realidade econômica enfrentada pela população brasileira.
Lindbergh argumentou que o último texto protocolado, apresentado na quarta-feira, 12, "acumula erros conceituais, vícios constitucionais, insegurança jurídica, impacto financeiro severo".
mais notícias
+