02 de novembro de 2024 às 13:28 - Atualizado às 13:29
Policial bate em homem que agrediu a própria mãe. Foto: Reprodução/Vídeo
Um vídeo que circula nas redes sociais, registrado em um bar na cidade de João Neiva, no Norte do Espírito Santo, mostra um policial militar agredindo um homem suspeito de violência doméstica. As imagens, datadas de 20 de outubro de 2024, exibem o momento em que o policial confronta e dá três tapas no rosto do suspeito, que teria agredido a própria mãe, uma senhora acamada, segundo relato do próprio militar.
No registro, dois policiais militares entram no bar e cumprimentam os presentes. Em seguida, um dos agentes se dirige ao homem, que estava sentado e vestia uma camisa azul. Após ficar ao lado dele, o policial inicia uma fala direta, em tom de repreensão, dizendo ao homem para prestar atenção no que seria dito.
Durante a repreensão, o policial desfere três tapas no rosto do homem, que cai da cadeira devido ao impacto. O policial prossegue com a advertência e alerta que qualquer novo episódio de violência contra sua mãe não apenas resultaria em uma prisão, mas também em outras medidas severas.
"É isso que você merece por querer bater em sua mãe", disse o militar.
Em resposta a atitude do agente, a Polícia Militar informou que tomou conhecimento do vídeo e que instaurou um procedimento administrativo para apurar todas as circunstâncias do caso.
O Tribunal do Júri de Moreno, na Região Metropolitana do Recife, condenou nesta terça-feira, 22 de outubro, Heronildo Quintino de Lira Júnior a 26 anos, três meses e 12 dias de prisão pelo assassinato da própria mãe, Euda Cavalcanti de Lira.
O crime ocorreu em agosto de 2023, na residência da vítima, em Moreno. Heronildo foi condenado por homicídio qualificado.
De acordo com as investigações, o réu, na época com 41 anos, matou a mãe, então com 59, com o objetivo de roubar seus cartões bancários e do Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Após o crime, ele tentou enganar as autoridades, afirmando que havia encontrado o corpo ao ir à casa da mãe após não conseguir contato com ela.
Euda Cavalcanti, uma professora aposentada que vivia sozinha no bairro da Cohab, foi encontrada morta em 30 de agosto de 2023.
O corpo apresentava perfurações causadas por um objeto não identificado. Inicialmente, Heronildo relatou que foi até a residência da mãe depois de tentar, sem sucesso, contatá-la por telefone. Ao chegar, afirmou ter arrombado a porta e descoberto o corpo.
Entretanto, a Polícia Civil descobriu que o relacionamento entre mãe e filho era marcado por discussões frequentes, muitas das quais envolviam questões financeiras.
Heronildo explorava financeiramente a mãe, utilizando seus cartões de crédito sem consentimento. Testemunhas revelaram que Euda trocava as fechaduras de sua casa com frequência para impedir que o filho tivesse acesso à residência.
Heronildo foi preso preventivamente em janeiro de 2024. Durante as investigações, foi revelado que, um dia após a morte de Euda, ele foi até a casa de uma amiga da vítima, alegando querer devolver um Pix de R$ 1 mil que teria recebido indevidamente da mãe. Seu comportamento levantou suspeitas, especialmente após contradições sobre o uso de seu celular.
A crueldade do crime chocou os vizinhos, que descreveram Euda como uma pessoa extrovertida e querida na comunidade. As investigações indicaram que ela foi morta dois dias antes de seu corpo ser encontrado, em um domingo à tarde.
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No local, os agentes apreenderam um fuzil calibre 7.62, um revólver calibre 357, duas carabinas calibres 12 e 38, uma pistola 9 mm, munições, coletes balísticos, uma granada e três papelotes de cocaína.
A ocorrência e os envolvidos foram encaminhados para Delegacia, para prestarem outros esclarecimentos sobre a procedência do automóvel e onde será investigado o caso.
A PF atribui ao general os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Somadas, as penas máximas previstas para esses delitos chegam a 28 anos de prisão.
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