09 de novembro de 2024 às 09:43 - Atualizado às 09:59
Deputados Gleide Ângelo e Gilmar Júnior Foto: Alepe
A Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE) enfrenta uma crise crescente em seu quadro de servidores. Atualmente, o órgão tem 226 cargos vagos, conforme dados do Portal da Transparência. O problema, no entanto, vai além da falta de preenchimento das vagas. A casa legislativa também lida com um número alarmante de servidores sem vínculo efetivo, com mais de 1.600 pessoas ocupando funções sem a realização do concurso público, o que compromete a estabilidade e a conformidade legal da instituição.
Apesar da gravidade da situação, deputados estaduais conhecidos por sua militância em defesa de concursos públicos, como Gleide Ângelo e Gilmar Júnior, não têm se manifestado sobre a necessidade de um novo certame para a ALEPE. Gleide Ângelo, defensora da ampliação de concursos na área policial, e Gilmar Júnior, que luta pelo piso salarial e melhores condições para os profissionais da saúde, são reconhecidos por suas batalhas em prol da realização de concursos e da valorização dos servidores públicos em diversas áreas. No entanto, em relação à própria casa legislativa, não se ouviram até hoje declarações de ambos cobrando a realização de um concurso público.
O último concurso para a ALEPE ocorreu em 2014, oferecendo 100 vagas para cargos de níveis médio e superior, sob a organização da Fundação Carlos Chagas. Desde então, a casa vem enfrentando uma drástica vacância de cargos, especialmente para os postos de Técnico Legislativo em Processo Legislativo (67 vagas) e Agente Legislativo (34 vagas). Ao todo, são mais de 226 cargos vagos, enquanto o número de servidores temporários, sem vínculo efetivo, continua a crescer, comprometendo a qualidade do trabalho legislativo e a transparência das ações da ALEPE.
A falta de manifestações públicas de Gleide Ângelo e Gilmar Júnior sobre a realização de um novo concurso na ALEPE levanta questionamentos sobre seus motivos. Ambos os deputados têm se mostrado incansáveis na defesa de novos certames nas áreas de saúde e segurança pública, mas nunca incluíram a ALEPE em suas pautas. A contradição é ainda mais evidente quando se considera que as vagas não preenchidas e a crescente presença de servidores temporários na ALEPE podem afetar diretamente a eficiência e legalidade do trabalho legislativo.
Esse cenário coloca em xeque a coerência de parlamentares que são vistos como defensores do concurso público em outras áreas, mas silenciosos quando se trata da própria casa que representam.
As informações sobre a vacância de cargos e a presença de servidores temporários na ALEPE foram levantadas pelo site Jaula Cursos, especializado em concursos públicos e preparatórios. A plataforma, que acompanha de perto as questões relacionadas a concursos e à administração pública, obteve os dados por meio do Portal da Transparência e destacou a discrepância entre as vagas abertas e a ausência de iniciativas para a realização de um novo certame na Assembleia Legislativa de Pernambuco.
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Ainda está previsto outro edital com 192 vagas voltadas ao quadro de apoio administrativo da corporação.
As oportunidades são destinadas a profissionais de nível médio, técnico ou superior.
Os candidatos em concorrer a umas das vagas ofertadas, necessita ter escolaridade entre níveis fundamental, médio ou superior.
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