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Cesta básica dispara e consome ao menos 40% do salário mínimo nas capitais

A análise do Dieese liga o aumento da cesta básica ao comportamento de três itens principais: o café, tomate, e o pão francês.

07 de fevereiro de 2025 às 07:04   - Atualizado às 07:30

Produtos em mercado

Produtos em mercado Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil

Levantamento de preços de itens de consumo básicos nas capitais do país identificou aumento no custo da cesta básica. A pesquisa analisou 13 das 17 cidades durante o período de janeiro deste ano.

A maior alta foi em Salvador (6,22%), seguida por Belém (4,80%) e Fortaleza (3,96%). As quatro cidades onde houve redução no valor global dos itens foram Porto Alegre (-1,67%), Vitória (-1,62%), Campo Grande (-0,79%) e Florianópolis (-0,09%). O levantamento – realizado desde 2005 - é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Em São Paulo, cotaram a cesta básica mais cara, com os alimentos que a compõem custando R$ 851,82, o que representa 60% do salário mínimo oficial (R$ 1.518). Em janeiro, o Dieese calculou que uma família de quatro pessoas precisaria de R$ 7.156,15 para sustento.

Estudo divulgado em dezembro pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indica que a renda média do trabalhador brasileiro foi de R$ 3.279,00 em outubro de 2024, dado mais atual disponível.

Valores

A comparação, segundo o Dieese, é possível "com base na cesta mais cara, que, em janeiro, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência".

Em janeiro de 2024, deveria ter ficado em R$ 6.723,41 ou 4,76 vezes o valor vigente. A inflação dos últimos 12 meses, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi de 4,8%, valor próximo ao aumento indicado.

As cidades do sul e sudeste estão entre as mais caras cotadas. Em Florianópolis, o valor médio da cesta básica foi de R$ 808,75, no Rio de Janeiro R$ 802,88, e, em Porto Alegre, R$ 770,63.

Custo da Cesta Básica

Curitiba, com R$ 743,69, Vitória, com R$ 735,31, e Belo Horizonte, com R$ 717,51, completam o setor, mas Campo Grande (R$ 764,24), Goiânia (R$ 756,92) e Brasília (R$ 756,03) superaram essas cidades. As capitais do Norte e Nordeste pesquisadas têm custos abaixo da metade do valor do salário mínimo. Em Fortaleza a cesta básica custou em média R$ 700,44, em Belém R$ 697,81, em Natal R$ 634,11, em Salvador R$ 620,23, em João Pessoa R$ 618,64, no Recife R$ 598,72 e em Aracaju R$ 571,43.

A análise do Dieese liga o aumento da cesta básica ao comportamento de três itens principais: o café, tomate, e o pão francês.

O café em pó subiu em todas as cidades nos últimos 12 meses. Já o Tomate, aumentou em cinco cidades, mas diminuiu em outras 12 nesse período. Apesar disso, teve aumento acima de 40% em Salvador, Belo Horizonte, Brasília e Rio de Janeiro, por conta das chuvas. O pão francês aumentou em 16 cidades pesquisadas nos últimos 12 meses. Isso se atribuiu a uma "menor oferta de trigo nacional e necessidade maior de importação, nesse cenário de câmbio desvalorizado".

O reajuste poderia ter sido maior, mas itens como a batata contiveram o aumento, já que ela diminuiu de preço em todas as capitais no último ano, o leite integral teve queda em 12 cidades em dezembro, apesar do reajuste durante o ano, e o arroz agulhinha e o feijão preto caíram de preço nos últimos meses devido ao aumento na oferta.

Da redação do Portel de Prefeitura com informações da Agencia Brasil.

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