A deputada foi condenada a 10 anos de prisão e a perda do mandato após o fim de todos os recursos possíveis e o pagamento de R$ 2 milhões em danos morais coletivos.
Carla Zambelli falando. Foto: Câmara dos Deputados
A deputada Carla Zambelli (PL-SP) e seu advogado anunciaram em entrevista coletiva realizada na quinta-feira, 15 de maio, a apresentação de recurso contra decisão da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que a condenou a dez anos de prisão e, consequentemente, determinou a perda do seu mandato.
A parlamentar é acusada de planejar uma invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita em 2023 pelo hacker Walter Delgatti.
Carla Zambelli afirmou que o hacker mentiu sobre sua participação no crime e reclamou da rapidez do julgamento virtual e do teor da decisão.
A deputada apontou ainda que a decisão sobre a perda do mandato deve ser tomada pelo Plenário da Câmara dos Deputados – e não pelo STF. "A gente tem que ter bastante reverência pela separação de poderes no Brasil", defendeu.
Zambelli se considera vítima de uma perseguição política. "Quando a gente tem 1 milhão de votos, coloca um foco na nossa cabeça. A discrepância da Justiça é tanta que faz a gente desacreditar da política", lamentou.
A parlamentar ainda teme que seus problemas de saúde venham a se agravar caso seja presa. "Ainda que a decisão seja injusta, eu vou seguir. Se acontecer de ter a prisão, eu vou me apresentar. Mas meus médicos são unânimes em dizer que eu não sobreviveria à cadeia", afirmou.
Condenada
Na quarta-feira, 14 de maio, por unanimidade, a Primeira Turma do STF condenou a deputada Carla Zambelli a 10 anos de prisão pela invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ocorrido em 2023. Cabe recurso contra a decisão.
A condenação pelos crimes de invasão a dispositivo informático e falsidade ideológica foi obtida com os votos do relator do caso, Alexandre de Moraes, e os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Cármen Lúcia.
Com a decisão, Zambelli também foi condenada à perda do mandato após o fim de todos os recursos possíveis e o pagamento de R$ 2 milhões em danos morais coletivos, valor que deverá ser dividido com hacker Walter Delgatti, que é réu confesso e que foi condenado a 8 anos e 3 meses de prisão neste mesmo processo.
Conforme denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), Zambelli foi a autora intelectual da invasão para emissão de um mandato falso de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes.
Segundo as investigações, o hackeamento foi executado por Delgatti, que confirmou ter realizado o trabalho a mando da parlamentar.
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