08 de novembro de 2024 às 16:57 - Atualizado às 17:10
Guilherme Boulos e Pablo Marçal Fotos: Reprodução / YouTube
A Polícia Federal indiciou Pablo Marçal (PRTB), candidato derrotado à Prefeitura de São Paulo, nesta sexta-feira, 8 de novembro, por apresentar um laudo falso contra Guilherme Boulos (PSOL) no dia 4 de outubro, dois dias antes do primeiro turno das eleições.
Marçal, anteriormente sob investigação, agora é formalmente acusado, indicando que há evidências de crime no inquérito policial.
A investigação prossegue após o indiciamento. O inquérito será encaminhado ao Ministério Público, que decidirá sobre a acusação formal. Se aceita, Marçal se tornará réu em processo criminal.
Em depoimento de aproximadamente três horas na Superintendência Regional da PF em São Paulo, Marçal negou envolvimento, atribuindo a postagem do documento à sua equipe.
Peritos da PF determinaram em 7 de outubro que a assinatura do médico José Roberto de Souza, CRM 17064-SP, no laudo é forjada.
O médico faleceu em 2022 e, conforme sua filha, nunca atuou na clínica Mais Consulta nem realizou atendimentos para dependência química.
Os peritos concluíram que as assinaturas analisadas não foram feitas pela mesma pessoa e solicitaram análises adicionais para verificar a autenticidade do documento divulgado por Marçal, comparando-o com outros emitidos pela clínica Mais Consulta.
“Verificou-se a prevalência das dissimilaridades entre a assinatura questionada e os padrões apresentados, tanto nas formas gráficas, quanto em suas gêneses, não havendo evidências de que tais grafismos tenham sido escritos por uma mesma pessoa. As evidências suportam fortemente a hipótese de que os manuscritos questionados não foram produzidos pela mesma pessoa que forneceu os padrões”, disseram os peritos.
Especialistas também buscaram verificar a autenticidade do documento divulgado por Pablo Marçal, indicando a necessidade de novas análises e comparações com outros relatórios semelhantes da clínica Mais Consulta, pertencente ao empresário.
Luiz Teixeira da Silva Junior, sócio da Mais Consultas, mencionada no laudo falso divulgado por Pablo Marçal (PRTB) em detrimento de Guilherme Boulos (PSOL), declarou no domingo (6) que nunca prestou serviços ao deputado e negou envolvimento na criação do documento, cuja veracidade foi questionada pelo Instituto de Criminalística de São Paulo.
Por meio de um comunicado, o empresário afirmou que seu nome e o das suas empresas foram usados sem autorização "por alguém desconhecido".
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