Deputado Lucas Bove e ex-mulher, Cíntia Chagas Foto: Reprodução/Internet
O deputado estadual Lucas Bove (PL-SP) entrou com um novo pedido na Justiça contra sua ex-mulher, a influenciadora digital Cíntia Chagas. Na solicitação feita na segunda-feira, 9 de junho, o parlamentar pediu que ela seja proibida de publicar qualquer conteúdo nas redes sociais que faça menção, direta ou indireta, a situações de violência doméstica. A defesa de Bove alegou que Cíntia teria desrespeitado uma decisão judicial anterior, que mantinha o caso sob sigilo.
Além disso, o deputado também solicitou a prisão preventiva da influenciadora. A defesa argumentou que uma publicação feita por ela em vídeo, no dia 6 de junho, violaria o sigilo do processo. No conteúdo, Cíntia narra situações de abuso usando a terceira pessoa e menciona mulheres independentes como alvo de agressões. Para os advogados do parlamentar, a publicação representa um descumprimento direto da medida judicial.
Essa movimentação acontece em meio a uma disputa judicial que começou em setembro de 2024, quando a influenciadora registrou um boletim de ocorrência contra Bove. Ela o acusa de violência física e psicológica. Desde então, o inquérito corre sob segredo de Justiça. O deputado nega as acusações e, além da investigação criminal, responde a um processo no conselho de ética da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), onde ocupa uma cadeira. No entanto, a avaliação de bastidores aponta para um provável arquivamento do caso.
A defesa de Cíntia Chagas respondeu às acusações já no dia seguinte, terça-feira, 10 de junho, afirmando que o pedido de prisão preventiva baseado em uma publicação genérica nas redes sociais causa "espanto e indignação". As advogadas também apontaram que o próprio deputado já havia quebrado medidas protetivas em outras ocasiões, inclusive ao falar publicamente sobre o caso em redes sociais e em discursos na tribuna da Alesp.
Essa não é a primeira tentativa do deputado de conseguir a prisão da ex-companheira. Em maio, a juíza Carla Santos Balestreri, do Fórum Criminal da Barra Funda, rejeitou um pedido semelhante. Na decisão, ela afirmou que não havia provas concretas de que a influenciadora teria violado a medida judicial. O Ministério Público também foi contra a prisão na ocasião.
O histórico do caso inclui outras disputas envolvendo publicações nas redes. No começo de maio, Bove reclamou que a ex-mulher leiloou seu vestido de noiva e publicou um texto incentivando mulheres a denunciarem casos de violência. Ele afirmou que ela estaria manipulando seguidores e tentando obter vantagens com a exposição do caso.
Do outro lado, a influenciadora também já pediu a prisão de Bove. Em outubro de 2024, Cíntia solicitou a prisão preventiva do deputado, alegando que ele descumpriu medidas protetivas ao se manifestar publicamente sobre o processo. Na ocasião, a Justiça reconheceu que o parlamentar quebrou as restrições ao comentar o caso em seus perfis oficiais e até durante sessões na Alesp, mas optou por não autorizar a prisão.
Em nota, os advogados de Lucas Bove, Daniel Leon Bialski e Mauricio Felberg, afirmaram que a intenção da nova petição foi apenas solicitar a abertura de um inquérito por desobediência judicial e pedir que a Justiça reforce a proibição de publicações sobre o tema. Eles negaram que o objetivo fosse prender Cíntia preventivamente.
A defesa do deputado também se queixou do fato de que a existência da nova petição tenha se tornado pública. Segundo os advogados, essa divulgação fere o segredo de Justiça e será alvo de um novo pedido à Justiça para investigar o suposto “vazamento criminoso” da informação.
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