João Paulo afirma que povos de terreiros sofreram perseguições no Governo Bolsonaro

A 17ª edição da Caminhada dos Terreiros de Pernambuco foi destaque no Plenário. João Paulo (PT) afirmou que a manifestação, que foi realizada na quarta-feira passada, 1º de novembro, no Recife, é um grito contra a intolerância religiosa e o racismo. Na avaliação dele, o evento também representa a resistência dos povos de terreiros ao “monopólio da fé” e às perseguições sofridas em todo país, sobretudo "durante os anos do Governo Bolsonaro". O petista ainda ressaltou o início da tramitação de um Projeto de Resolução, de autoria dele, indicando a Caminhada dos Terreiros para a obtenção do Registro do Patrimônio Cultural Imaterial de Pernambuco. Neste ano, o evento na capital pernambucana apresentou o tema “Contra a Discriminação Religiosa e o Racismo”. Leia também: >>>Danilo Gentili: “Pode zuar a Janja girando pomba gira no terreiro ou só pode zuar a Michelle rezando no culto de crente?” Protagonismo do PT em 2024 A possibilidade do Partido dos Trabalhadores lançar uma candidatura própria nas eleições municipais do Recife, no próximo ano, foi tema do discurso de João Paulo (PT) durante o Pequeno Expediente na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

“Eu falei que poderiamos estar com prefeito, acho que é a grande tendência é essa. Mas a tendência também poderia ser uma composição com a governadora Raquel Lyra. Nós não sabemos ainda como vai terminar o cenário”, disse.

O parlamentar ressaltou que o partido não descarta a hipótese, uma vez que recuperou o protagonismo político com a eleição do presidente Lula (PT). De acordo com o deputado, o PT deverá ter um papel importante nos pleitos municipais de Pernambuco e na formação de alianças.

“Esse protagonismo tem que ser levado em consideração nas políticas de alianças. Não só para Recife, mas também para todo o Estado”, declarou.

No final da sua fala, João Paulo foi interrompido pelo deputado Coronel Alberto Feitosa (PL) por conta da demora para explicar a política de aliança do PT.

“Já concedemos um minuto, [depois] mais um minuto. Vossa Excelência está inscrito no Grande Expediente, aí quem sabe no Grande Expediente vossa excelência possa explicar essa ideologia do PT que pode tá com ou com outro, e não sabe qual a condição”, criticou.

João Paulo rebateu e disse que o parlamentar interferiu com opiniões pessoais sobre o seu discurso.

“Vossa excelência já está interferindo. Quando vossa excelência coloca a sua opinião, já formula uma parte que não era regido pelo regimento interno”, concluiu.