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Correios regristra prejuízo de R$ 2,6 bilhões, maior déficit desde 2016

O relatório financeiro também revelou que 85% das agências tiveram mais despesas do que receitas.

Everthon Santos

09 de maio de 2025 às 09:12   - Atualizado às 09:13

Servidor dos Correios.

Servidor dos Correios. Foto: Divulgação/Correios

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos divulgou nesta sexta-feira, 9 de maio, no Diário Oficial da União, o seu balanço financeiro referente ao exercício de 2024.

O balanço revelou um prejuízo de R$ 2,6 bilhões, a marca é o maior déficit da estatal desde 2016. O rombo registrado em 2024 é quatro vezes maior que o do ano anterior.

Em 2023, os Correios haviam encerrado o ano com uma perda de R$ 597 milhões. No entanto, após ajustes contábeis para adequação às normas financeiras vigentes, o prejuízo de 2023 subiu para R$ 633 milhões. 

A auditoria independente contratada para revisar as contas da estatal fez ressalvas aos dados apresentados. A intervenção dos auditores indica que nem todos os números do balanço atendem aos critérios exigidos de transparência e consistência contábil. A situação compromete ainda mais a imagem da empresa pública, que presta serviços essenciais em todos os municípios do Brasil.

O relatório financeiro também revelou que, entre as 10.638 unidades de atendimento dos Correios espalhadas pelo país, apenas 15% operaram com superávit em 2024. Isso significa que 85% das agências tiveram mais despesas do que receitas.

Mesmo assim, a estatal reafirmou seu compromisso com o serviço postal universal e com a manutenção de tarifas acessíveis, mesmo em regiões onde os custos operacionais são altos.

Em defesa do desempenho negativo, os Correios alegaram que 2024 foi um ano marcado por investimentos. A nova gestão da empresa destinou R$ 830 milhões ao desenvolvimento de infraestrutura e modernização de equipamentos, totalizando R$ 1,6 bilhão em aportes desde que assumiu o comando da estatal.

Entre os principais gastos estão R$ 698 milhões direcionados à renovação da frota, com aquisição de novos veículos para distribuição de encomendas e correspondências. Outros R$ 600 milhões foram aplicados na manutenção de centros operacionais, unidades de triagem e melhorias tecnológicas.

A estatal também destacou seu plano de transição ecológica. Em 2024, os Correios adquiriram 50 furgões elétricos, 2.306 bicicletas elétricas, 3.996 bicicletas cargo com baú e outros 1.502 veículos convencionais. Esses investimentos fazem parte de um plano estratégico de cinco anos, que visa tornar as operações mais sustentáveis e menos poluentes.

Mesmo diante do prejuízo bilionário, a direção da empresa afirmou que manterá a estratégia de ampliação de soluções tecnológicas e o compromisso com a sustentabilidade.

“A sustentabilidade continuará a ser tema central em nosso dia a dia. Esperamos evoluir ainda mais em nossos propósitos de caráter social e ambiental”, afirmou a companhia em nota.

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