09 de abril de 2025 às 09:26 - Atualizado às 09:50
Lula e Gilberto Gil. Foto: Ricardo Stuckert/PR
Mesmo enfrentando uma grave crise financeira, os Correios destinaram R$ 38,4 milhões em patrocínios durante o governo Lula (PT), segundo a coluna Radar da revista Veja. Entre os principais aportes estão R$ 6 milhões para o festival Lollapalooza e R$ 4 milhões para a turnê “Tempo Rei”, de Gilberto Gil — ambos os repasses realizados em 2024.
A empresa justificou o investimento no Lollapalooza como uma estratégia para fortalecer sua presença entre o público jovem, que, segundo a estatal, “não teve tanta experiência com a empresa”. O objetivo seria “agregar valor à marca, possibilitando associar sua imagem a um dos maiores eventos de música do país e do mundo”.
Sobre o patrocínio à turnê de Gilberto Gil, os Correios argumentaram que a iniciativa busca agregar valor institucional à marca, levando em conta que esta será a última turnê do artista. Segundo a estatal, a expectativa é alcançar um público estimado de 800 mil pessoas em apresentações no Brasil, Europa e Estados Unidos.
Apesar dos investimentos em marketing, a estatal acumula um déficit de R$ 3,2 bilhões em 2024. A situação se agrava com a suspensão dos repasses à Postal Saúde — plano de saúde dos funcionários dos Correios — desde novembro do ano passado. A falta de repasses gerou um rombo de R$ 400 milhões, levando diversos hospitais a interromperem o atendimento aos beneficiários.
Desde agosto de 2023, a direção dos Correios está sob comando do advogado Fabiano Silva dos Santos, ligado ao grupo Prerrogativas. Naquele mesmo ano, a empresa já havia destinado R$ 3,3 milhões em patrocínios. Os recursos foram direcionados a iniciativas como a apresentação dos bois Caprichoso e Garantido no Festival de Parintins (R$ 400 mil), a Orquestra Criança Cidadã, em Pernambuco (R$ 500 mil), e o Festival CoMA, em Brasília (R$ 350 mil).
Os Correios enfrentam um cenário financeiro cada vez mais grave no terceiro ano do governo Lula (PT). Pois, em janeiro, a estatal registrou um prejuízo recorde de R$ 424 milhões, o maior já registrado para o mês em toda a sua história.
A empresa arrecadou R$ 1,4 bilhão no período, mas as despesas chegaram a R$ 1,9 bilhão, resultando no déficit.
A crise se aprofundou desde a nomeação de Fabiano Silva dos Santos para a presidência da estatal. Indicado pelo grupo Prerrogativas, formado por advogados alinhados ao PT, ele assumiu o cargo com a promessa de modernizar a empresa. No entanto, sua gestão tem sido marcada pelo aumento dos custos operacionais.
Dados da plataforma Deinm Explorer, do Departamento de Inteligência de Mercado, mostram que os Correios já haviam encerrado 2023 com um prejuízo preliminar de R$ 3,2 bilhões. O cenário aponta que a estatal dificilmente conseguirá reverter essa trajetória de perdas nos próximos meses.
Da redação do Portal com informações da coluna Radar, da revista Veja.
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