22 de novembro de 2023 às 15:25
Dois dias após a votação que elegeu o libertário Javier Milei, na Argentina, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse na terça-feira, 21 de novembro, que há "confusões" na América do Sul.
O mandatário disse, na formatura de novos diplomatas, em Brasília, que é necessário saber conviver com adversidades, e que os presidentes dos países não precisam ser amigos.
“Não tenho que gostar do presidente da Argentina, do Chile, da Venezuela”, disse Lula.
O petista destacou que é importante cada um saber seu papel institucional e não se recusar ao diálogo.
“Estamos numa fase melhor do que a gente estava quando eu deixei a Presidência. Se bem que estamos vivendo algumas confusões na América do Sul. Não é mais a mesma de 2002, de 2004 e 2006″, disse na cerimônia.
Ele ainda se referiu à cooperação entre países sul-americanos e africanos.
Lula já falou algumas vezes do que ele considera uma dívida histórica do Brasil com os africanos por causa da escravidão e que colaborar com a transferência tecnologica para aquele continente é um dever.
O presidente também lembrou que, em seu primeiro governo, fez uma reunião de países latinos e árabes.
“Os Estados Unidos ficaram assustados achando que nós estávamos fazendo um movimento contra Israel. A gente não queria fazer um movimento contra Israel, a gente queria fazer um movimento pró-Brasil, pró-América do Sul”, afirmou.
O petista chorou ao falar de seus primeiros encontros com líderes internacionais, que só via "na televisão".
“Me baixou uma coisa que acho que tem que nortear vocês. É não esquecer o que vocês são, não esquecer o que vocês querem, porque a gente não compra nem honra nem caráter em shopping. A gente traz de família, a gente traz de berço”, disse o presidente. Enquanto falava, começou a chorar.
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Na última terça-feira (18), o deputado declarou que pretende pedir asilo político ao governo dos Estados Unidos.
Agora, o texto deve ser analisado, ainda nesta quinta-feira (20), pelos plenários da Câmara e do Senado em sessão conjunta.
A decisão gerou repercussão entre parlamentares e organizações que defendem os direitos das pessoas afetadas pela microcefalia.
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