O Iana 3, pertencente ao empresário Iomar Cavalcante de Oliveira, Foto: Divulgação
O barco de luxo utilizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a COP30, em Belém, reacendeu o debate sobre o uso de recursos públicos e os critérios de contratação de serviços para eventos oficiais. Segundo reportagem publicada pela revista VEJA, a embarcação escolhida pela comitiva presidencial foi o Iana 3, pertencente ao empresário Iomar Cavalcante de Oliveira, conhecido no Amazonas por manter contratos de locação de barcos com o governo estadual.
De acordo com as informações divulgadas, o Iana 3 foi selecionado após a Presidência da República avaliar que o navio da Marinha, inicialmente previsto para acomodar o presidente e sua equipe, não oferecia o conforto e a estrutura necessários. O barco, classificado como um barco de luxo, dispõe de suítes climatizadas, salas de reunião e áreas de convivência, funcionando como um hotel flutuante.
Ainda segundo a VEJA, o empresário proprietário da embarcação já foi citado em investigações no Amazonas. O Iana 3 chegou a ser alvo de inspeção judicial em 2021, após denúncias de suposto uso do barco em atividades ligadas a campanhas eleitorais na região. Embora não haja confirmação de irregularidades na atual locação feita pela Presidência, o histórico do barco trouxe novas discussões sobre a transparência na utilização de recursos públicos.
O governo federal, por sua vez, afirmou que a contratação da embarcação atendeu a critérios técnicos e de segurança, e que todas as despesas estão dentro da legalidade. O valor do contrato de aluguel, no entanto, ainda não foi divulgado oficialmente, o que alimenta o debate sobre a necessidade de maior clareza nas informações.
O uso do barco de luxo durante a COP30 acabou ofuscando parte da pauta ambiental do evento, um dos mais importantes do calendário climático mundial. A repercussão do caso evidencia como decisões administrativas envolvendo conforto e logística podem se tornar politicamente sensíveis — especialmente quando envolvem figuras públicas e altos valores.
Para especialistas, o episódio reforça a importância da transparência e da prestação de contas em todas as esferas do poder. “O problema não é o uso da estrutura em si, mas a forma como ela é comunicada. A ausência de clareza cria espaço para desconfiança”, avalia um analista político ouvido pela reportagem.
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Ação será conduzida pelo grupo Gideões Internacionais e deve ocorrer ainda em novembro, com participação voluntária dos estudantes.
Durante esse período, ele tem cumprido medidas cautelares, como a proibição de usar celular e de manter contato com investigados.
"Os principais objetivos são coibir os roubos nas regiões, prender criminosos e desobstruir vias", destacou o governador.
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