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Justiça nega trancar processo contra Geraldo Alckmin por supostos repasses da Odebrecht

A defesa do vice-presidente afirmou que os fundamentos da ação civil pública "já foram objeto de várias decisões judiciais, incluindo do STF, e nunca prosperaram".

07 de agosto de 2024 às 16:07   - Atualizado às 16:10

Geraldo Alckmin

Geraldo Alckmin Geraldo Alckmin

Documentos de uma transportadora, o livro de hóspedes de um hotel em Moema, na zona sul da capital paulista, e o depoimento de três ex-funcionários da Odebrecht deram sobrevida a uma ação de improbidade administrativa que atinge o vice-presidente da República e ministro Geraldo Alckmin (PSB).

A Justiça de São Paulo citou esse material ao negar trancar um processo sobre supostos repasses - não declarados à Justiça Eleitoral - para Alckmin à época em que ele era governador, em 2014.

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A defesa de Alckmin afirmou que os fundamentos da ação civil pública "já foram objeto de várias decisões judiciais, incluindo do Supremo Tribunal Federal, e nunca prosperaram". Para os advogados do vice-presidente e atual ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, todas as supostas provas do processo "foram obtidas de forma ilícita e já declaradas imprestáveis pelo Supremo Tribunal Federal" (mais informações nesta página).

O pedido para interromper a ação de improbidade - ajuizada em 2018 pelo Ministério Público de São Paulo - teve como suporte a decisão do ministro Dias Toffoli, do STF, que, em setembro do ano passado, determinou a anulação de todas as provas que embasaram o acordo de leniência da Odebrecht (atual Novonor) - alvo da Lava Jato - assinado em 2016.

Toffoli classificou como imprestáveis as provas obtidas a partir do acesso aos sistemas Drousys e My Web Day B, que eram utilizados pelo Setor de Operações Estruturadas - o "departamento de propinas" da companhia. Conforme delações de ex-executivos da empreiteira, o setor armazenava recursos desviados de obras com o poder público, que eram distribuídos a políticos.

Ex-secretário

A decisão que mantém a ação de improbidade foi publicada no último dia 25, após análise de um pedido do ex-secretário Marcos Antonio Monteiro, que comandou a pasta de Desenvolvimento Econômico no governo Alckmin em São Paulo. Monteiro requereu que a 13.ª Vara da Fazenda Pública da Capital decidisse sobre a viabilidade da continuidade da ação, considerando a decisão de Toffoli.

'Independentes'

A avaliação da Justiça foi a de que, mesmo com a anulação das provas coletadas da contabilidade paralela da Odebrecht, "subsistem outras provas independentes que amparam a continuidade da marcha processual".

Na ação de improbidade, o Ministério Público de São Paulo destacou planilhas em que constam supostos repasses a Monteiro e a Alckmin. Os delatores da Odebrecht apresentaram registros que apontavam pagamentos de R$ 8,3 milhões para o codinome "M&M" - uma referência de Marcos Monteiro, que teria sido o interlocutor de Alckmin para os repasses não declarados à campanha eleitoral de 2014.

Doleiro

O juízo da 13.ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo menciona documentos apresentados ao Ministério Público por Rogério Martins, apontado como a pessoa contratada para entregar propinas pelo doleiro Álvaro José Galliez Novis. Para a Justiça, os documentos indicam que Martins se hospedava em hotel de São Paulo, onde recebia dinheiro em espécie para pagar propinas, conforme senhas recebidas da Odebrecht. A retirada dos valores ocorria, segundo os autos, no quarto do hotel.

'As supostas provas foram obtidas de forma ilícita', afirma defesa

A defesa do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), representada pelos advogados José Eduardo Alckmin, Fábio de Oliveira Machado e Marcelo Martins de Oliveira, afirmou que:

Ainda cabe recurso da decisão da 13.ª Vara da Fazenda Pública da Capital.

A defesa do ex-secretário Marcos Monteiro já afirmou que "os fatos narrados não correspondem à realidade e serão esclarecidos no momento oportuno" e ressaltou a "confiança nas decisões do Poder Judiciário"

Estadão Conteúdo

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