18 de abril de 2025 às 14:46 - Atualizado às 14:46
Papa Francisco e padre Nazareno Lanciotti. Foto: Reprodução.
O Papa Francisco autorizou o decreto de beatificação do padre Nazareno Lanciotti, missionário italiano assassinado no Brasil e reconhecido pelo Vaticano como mártir. Conhecido por denunciar crimes como tráfico de drogas e prostituição, o sacerdote foi morto com um tiro no pescoço, no Mato Grosso, em 2001.
A beatificação é o último passo antes da canonização. Segundo o Vaticano, o padre Nazareno “se dedicou aos mais pobres e se engajou na luta contra várias formas de injustiça e opressão, como os projetos dos mercantes da prostituição e do tráfico de drogas”.
Nascido em 3 de março de 1940, em Roma, Lanciotti foi ordenado sacerdote em 1966. Após atuar em sua cidade natal, conheceu a Operação Mato Grosso — projeto de apoio a populações carentes na América do Sul. Em 1971, chegou ao Brasil e se fixou na aldeia de Jauru, na fronteira com a Bolívia.
Durante os 30 anos de missão no país, fundou a Paróquia Nossa Senhora do Pilar, criou 57 comunidades eclesiais rurais e estabeleceu a prática diária de adoração eucarística. Também fundou um dispensário que se transformou em um dos hospitais mais importantes da região, além de ter criado a Casa de Repouso “Coração Imaculado de Maria” para idosos.
Em 1987, foi nomeado diretor nacional do Movimento Sacerdotal Mariano no Brasil. Atuava promovendo encontros de oração e espiritualidade em diversas partes do país. Sua luta contra a injustiça social era um dos principais pilares de sua atuação pastoral.
Em 11 de fevereiro de 2001, enquanto jantava com colaboradores em sua casa, padre Nazareno foi atacado por dois criminosos encapuzados. Morreu no hospital 11 dias depois, em 22 de fevereiro, aos 61 anos.
O Papa Francisco fez sua primeira aparição pública no domingo, 6 de abril, ao saudar fiéis que participavam da missa do Jubileu dos Enfermos, na Praça São Pedro, no Vaticano. O religioso ficou hospitalizado por 38 dias por causa de uma grave pneumonia.
Ao fim da celebração dominical, o pontífice fez uma aparição surpresa. De cadeira de rodas e usando uma cânula debaixo do nariz, ele acenou brevemente para os fieis. Segundo o Vaticano, havia 20 mil peregrinos reunidos na Praça São Pedro.
O papa acompanhou a missa pela televisão, de acordo com o arcebispo Fisichella, que presidiu a celebração. Fisichella leu durante a cerimônia uma homilia preparada por Francisco, na qual ele disse que Deus não nos deixa sozinhos durante momentos de doença.
"Na doença, Deus não nos deixa sozinhos e, se nos abandonarmos a Ele, precisamente onde as nossas forças falham, podemos experimentar a consolação da sua presença", escreveu o papa na homilia.
Na homilia, o papa também compartilhou com os fiéis sobre como foi se sentir frágil e dependente dos outros no período em que ficou doente.
"Convosco, queridos irmãos e irmãs doentes, neste momento da minha vida, estou a partilhar muito: a experiência da enfermidade, de me sentir frágil, de depender dos outros em tantas coisas, de precisar de apoio", escreveu.
"Nem sempre é fácil, mas é uma escola na qual aprendemos todos os dias a amar e a deixarmo-nos amar, sem exigir nem recusar, sem lamentar nem desesperar, agradecidos a Deus e aos irmãos pelo bem que recebemos, abertos e confiantes no que ainda está para vir", continuou.
Ao final da missa, foi lida uma mensagem de agradecimento de Francisco. O papa "agradeceu do fundo do coração as orações dirigidas a Deus pela sua saúde".
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