09 de janeiro de 2025 às 10:26 - Atualizado às 10:47
Nicolás Maduro e ex-candidato opositor, Enrique Márquez. Fotos: Reprodução. Arte: Portal de Prefeitura
O governo da Venezuela confirmou, na noite da quarta-feira, 8 de janeiro, a prisão de Enrique Márquez, ex-candidato presidencial da oposição, sob a acusação de planejar um “golpe de Estado” para o dia 10 de janeiro, data da posse presidencial. A confirmação ocorreu após ONGs e partidos políticos denunciarem o caso.
O ministro do Interior e Justiça, Diosdado Cabello, afirmou que um documento de 21 páginas, encontrado no computador de Márquez, indicava um plano para realizar uma posse simbólica de Edmundo González Urrutia, líder da maior coalizão opositora, em uma embaixada venezuelana no exterior. González Urrutia reivindica a vitória nas eleições de julho.
"Como esse senhor não pode vir aqui, ou não quer vir, cinco criminosos se reuniriam na sede de uma embaixada estrangeira", disse Cabello.
Ele também apontou que as embaixadas nos Estados Unidos e no Peru, países sem relações diplomáticas com Caracas, foram tomadas pelos governos locais.
Durante seu programa na emissora estatal VTV, Cabello leu trechos do documento, que propunha empossar González Urrutia como presidente para o período 2025-2031, em uma “sede diplomática da República da Venezuela” no exterior, descrita como uma extensão da soberania nacional.
"Quem estava à frente disso se chama Enrique Márquez, parte do golpe de Estado que querem dar na Venezuela. Aqui não há anjos, e muito menos na oposição, para quem os defende, ouviu, Petro? Defenda-o (…) Ele pode ser seu amigo, mas é um criminoso", declarou Cabello.
A fala foi uma resposta ao presidente colombiano, Gustavo Petro, que, em mensagem publicada no X, condenou a prisão de Márquez, chamando-o de “amigo” e defendendo a liberdade de “todos os detidos por razões políticas” na Venezuela.
Cabello também vinculou Márquez a um agente do FBI e a outros seis estrangeiros presos na terça-feira (7) no país. O governo de Nicolás Maduro classificou o grupo, que inclui um soldado americano, dois colombianos e três ucranianos, como “mercenários”.
Sonia Lugo, esposa de Márquez, afirmou que ele foi detido por “grupos paramilitares” que usam “a força como lei” para “intimidar” aqueles com visões diferentes e que buscam um “país melhor”.
Ex-vice-presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e ex-deputado, Márquez vinha pedindo a publicação das atas de votação de julho e rejeitou a decisão do Tribunal Supremo de Justiça que validou a reeleição de Maduro, sem divulgar os dados que sustentassem a vitória.
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Nos últimos anos, diversas empresas suspenderam a participação em pesquisas da Campanha dos Direitos Humanos que avaliam a inclusão de funcionários LGBTQ+ no ambiente de trabalho.
A fala foi proferida durante o encerramento do Festival Mundial da Internacional Antifascista, evento de viés esquerdista realizado em Caracas.
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