20 de novembro de 2023 às 17:53
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), fez críticas à gestão do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), ao afirmar que o atual chefe do Poder Executivo mineiro não tem solução para resolver os problemas financeiros que o Estado vive há quase uma década.
Em entrevista ao programa Café com Política, da rádio FM O Tempo, de Belo Horizonte, nesta segunda-feira, 20 de novembro, Silveira afirmou que a gestão atual é "fracassada" e que o período atual é "obscuro" em Minas Gerais. A declaração ocorre no dia em que Zema está em Brasília em busca de soluções para resolver as finanças do Estado. Procurada, a assessoria de Zema disse que não comentará as declarações de Silveira.
Silveira afirmou ainda que considera "grave" Zema ver o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) como solução para o Estado, porque seria uma proposta fracassada. O ministro citou que essa forma de pagamento de dívida não funcionou no Estado do Rio de Janeiro
Ele disse que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), assumiu o posto de articulador junto ao presidente Lula para encontrar uma solução para os cofres mineiros.
O Estadão mostrou no último dia 13 que Pacheco e Silveira, aliados de longa dada, uniram-se para costurar uma solução e cacifarem seus nomes para a disputa eleitoral de 2026, quando Zema não poderá mais ser candidato, porque chegará ao final de seu segundo mandato frente ao governo de Minas Gerais.
O principal pilar da estratégia é aproveitar a ausência de uma relação entre Lula e Zema e costurar com o presidente uma solução mais palatável para o Estado ingressar no RRF.
Em 11 meses, o governador, que foi aliado do ex-presidente Bolsonaro, ainda não teve uma reunião individual com Lula e é crítico contumaz da gestão petista, enquanto Pacheco se reuniu duas vezes com o presidente da República para discutir soluções para a situação fiscal de Minas Gerais.
Para Silveira, a organização do caixa mineiro passa por uma negociação que ele diz considerar "transparente". Ele também se posiciona contra a diminuição do Estado e as privatizações, que sempre foram defendidas por Zema e seus correligionários do Novo
Uma das propostas do governador mineiro é privatizar a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), o que não ocorreu até o momento.
"O governador propõe vender a Cemig para iniciativa privada, é um setor estratégico. O governador não quer se espelhar no que deu errado", disse Silveira ao falar da situação da Enel, a companhia privada de energia em São Paulo, que enfrentou problemas nas últimas semanas com falta de energia em diversos pontos da capital e da Grande São Paulo após uma tempestade.
Em entrevista ao Estadão, publicada em 28 de outubro deste ano, o ex-presidente do Novo, João Amoêdo, também criticou Zema, no entanto, por não entregar privatizações.
"Cinco anos depois, os desafios são outros, e a régua tem que ser um pouco maior. Ele deve pensar na privatização, não conseguiu ainda privatizar nada, não conseguiu fazer o ajuste da dívida. Não dá mais para colocar a culpa na gestão anterior", afirmou.
Estadadão Conteúdo
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O principal requisito para ser contemplado com o benefício é que a renda per capita da família não ultrapasse os R$ 218 mensais.
O governo de Maduro ainda afirmou que essa mobilização reflete a resposta a ameaças internas e externas, como possíveis "planos golpistas".
A decisão visa aprimorar a estrutura da companhia, alinhando-se às mudanças no mercado e às demandas por maior agilidade e menores custos.
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