Pastores evangélicos em Portugal estão seguindo o exemplo brasileiro ao buscar uma maior presença na política do país. Um encontro está agendado para a próxima sexta-feira, na sede do parlamento em Lisboa, onde o deputado federal e pastor Marco Feliciano, do PL-SP, irá oferecer orientações aos líderes evangélicos portugueses.

Paulo Nunes, líder da recém-formada Bancada Evangélica Portuguesa, expressou o desejo do grupo de influenciar a legislação nacional com princípios cristãos, espelhando-se na bancada evangélica brasileira. A intenção é que a Bíblia Sagrada tenha um papel na formulação de políticas na Assembleia da República de Portugal.

Um material promocional com a imagem de Feliciano circula nas redes sociais, convocando interessados para o evento. No entanto, a participação de Feliciano ainda não foi confirmada. Paulo Nunes, que recentemente concorreu sem sucesso a uma vaga na Assembleia pela Alternativa Democrática Nacional (ADN), atribui o aumento significativo de votos recebidos pelo partido nas eleições de março à “força evangélica”.

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Apesar de não ter eleito nenhum deputado, a ADN viu um expressivo aumento nos votos, um fenômeno atribuído por Nunes à influência evangélica. O discurso dos pastores portugueses, semelhante ao dos evangélicos brasileiros (Marco Feliciano), destaca temas como a “ideologia de gênero” e a defesa da família tradicional. Esta tendência, denominada “conspiritualidade”, foi destacada pelo sociólogo Valdinei Ferreira, da Faculdade de Teologia da Igreja Presbiteriana Independente em São Paulo.