25 de abril de 2024 às 21:21 - Atualizado às 21:21
Clima no Brasil. Arte: Reprodução/ Redes Sociais Clima no Brasil. Arte: Reprodução/ Redes Sociais
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o El Niño, fenômeno caracterizado pelo aquecimento anormal e persistente da superfície do Oceano Pacífico, está chegando ao fim e próximo da condição neutra.
De acordo com o Instituto, desde o início de abril, foi registrado um resfriamento substancial das Temperaturas da Superfície do Mar (TSMs) que chegaram, nos últimos cinco dias, a valores próximos a 0,5ºC (graus Celsius) acima da média, na área de referência para definição do evento, denominada região de Niño 3.4.
Esse valor de temperatura é considerado o limite para o início da fase neutra do oceano. Ainda segundo o Inmet, antes disso, as TSMs já vinham em constante esfriamento no Pacífico Equatorial. Entre os meses de fevereiro e março de 2024, as temperaturas descaíram de 1,5ºC para 1,2ºC acima da média.
Atualmente, os modelos climáticos analisados pelo Instituto indicam que a condição de neutralidade deve seguir até meados de junho.
Simultaneamente ao que acontece com o fenômeno El Niño, em algumas áreas do Pacífico Equatorial, como a costa oeste da América do Sul, as temperaturas já se apresentam mais frias que o normal.
A persistência e a expansão destas áreas mais frias em direção a parte central do oceano, são condições favoráveis para formação do fenômeno La Niña, previsto para o segundo semestre do ano, conforme informado no boletim publicado pelo Inmet.
O La Niña consiste na diminuição da temperatura da superfície das águas do Oceano Pacífico Tropical Central e Oriental.
Conforme análise do Inmet, a probabilidade é de que no trimestre junho, julho e agosto, ou seja, meados do inverno, o Brasil já esteja sob os efeitos do fenômeno.
Ainda não se pode afirmar a intensidade do La Niña, mas geralmente os impactos causados pelo fenômeno são: chuva acima da média nas regiões Norte e Nordeste do Brasil.
Já na Região Sul e parte do Centro-Oeste e Sudeste, a chuva ocorre de forma irregular e aumentam os riscos de seca ou estiagem, principalmente durante a primavera e o verão.
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Fonte: OpenWeather
Segundo o órgão, há risco de chuvas de 30 até 60 mm/h, ventos intensos (de 60 a 100 km/h), queda de granizo, corte de energia elétrica, estragos em plantações, queda de árvores e alagamentos.
Os avisos seguem válidos a partir desta quinta, 11 de setembro, e visam preparar a população para as possíveis consequências climáticas no estado.
Segundo o instituto, nesses locais a umidade relativa do ar deve variar entre 20% e 12%, com risco de incêndios florestais e riscos à saúde, como doenças pulmonares e dores de cabeça.
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