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Mourão chama Malafaia de "falastrão" após críticas do pastor aos generais, chamados de "frouxos"

O discurso do líder religioso ocorreu durante manifestação pró-anistia dos envolvidos no 8 de janeiro, realizada no domingo, 6 de abril, na Avenida Paulista.

08 de abril de 2025 às 09:44   - Atualizado às 09:44

Senador Hamilton Murão, e o pastor Silas Malafaia.

Senador Hamilton Murão, e o pastor Silas Malafaia. Fotos: Reprodução / Arte: Portal de Prefeitura

O senador e general da reserva Hamilton Mourão (Republicanos-RS) rebateu, na segunda-feira, 7 de abril, declarações feitas pelo pastor Silas Malafaia contra o Alto Comando do Exército. As críticas do religioso ocorreram durante manifestação em apoio a anistia dos presos do 8 de janeiro, realizada no domingo, 6 de abril, na Avenida Paulista, em São Paulo. Malafaia classificou os generais da ativa como “frouxos”, “covardes” e “omissos”. Em resposta, Mourão, sem mencionar diretamente o nome de Malafaia, referiu-se a ele como “falastrão”.

Na ocasião, o pastor subiu ao trio elétrico e questionou a postura dos oficiais:

“Cadê esses generais de quatro estrelas, do Alto Comando do Exército? Cambada de frouxos, cambada de covardes, cambada de omissos. Vocês não honram a farda que vestem. Não é para dar golpe, não, é para marcar posição." disse Malafaia. 

Por meio das redes sociais, Mourão criticou o comportamento do pastor, apontando oportunismo ao se utilizar de um ato que defendia a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.

“Ao se aproveitar de um ato em defesa da necessária anistia aos envolvidos no 8 de janeiro para ofender os integrantes do Alto Comando do Exército, o falastrão que assim o fez demonstrou toda sua total falta de escrúpulos e seu desconhecimento do que seja Honra, Dever e Pátria; a tríade que guia os integrantes do Exército de Caxias”, escreveu o parlamentar.

O evento em São Paulo foi organizado pelo próprio Malafaia, que aproveitou o momento para criticar a atuação dos militares no caso da prisão preventiva do general Braga Netto. O ex-ministro da Defesa e ex-candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL), nas eleições de 2022, foi detido em dezembro passado, suspeito de envolvimento em uma tentativa de golpe após o resultado do pleito.

Segundo informações da Polícia Federal, Braga Netto teria buscado interferir nas investigações e tentado acessar o conteúdo da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

“Eu não posso esquecer de falar do general Braga Netto. Sabe por que ele está preso? Porque Alexandre de Moraes diz que ele estava tentando obstruir o processo. Um general condecorado no exterior, com ficha limpa”, disse Malafaia durante o discurso.

O pastor também reiterou a tese de que os atos de 8 de janeiro de 2023 não configuraram uma tentativa de golpe, mas sim uma manifestação política. Para sustentar seu argumento, mencionou declarações anteriores dos ministros José Múcio (Defesa) e Gilmar Mendes (Supremo Tribunal Federal), que, em momentos distintos, minimizaram a gravidade dos episódios.

Além das críticas às Forças Armadas, Malafaia direcionou ataques ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), acusando-o de tentar impedir a tramitação, em regime de urgência, do projeto de lei que prevê anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.

“Você, Hugo Motta, está envergonhando o honrado povo da Paraíba”, afirmou.

Essa não é a primeira vez que Silas Malafaia se posiciona contra membros das Forças Armadas. Em abril do ano passado, o pastor defendeu a renúncia dos comandantes das três forças militares: Marcos Olsen (Marinha), Tomás Paiva (Exército) e Marcelo Damasceno (Aeronáutica). Na ocasião, Malafaia pediu que nenhum general de quatro estrelas assumisse os cargos até que o Senado Federal investigasse ministros do Supremo Tribunal Federal.

 

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