Lula e Janja descartam navio da Marinha. Reprodução/Redes sociais
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama Rosângela da Silva (Janja) estão hospedados em um iate de luxo durante a realização da COP30, em Belém (PA). O casal optou por essa acomodação após descartar o uso do navio da Marinha do Brasil, que havia sido disponibilizado para abrigá-los durante o evento. (Veja vídeo abaixo)
A decisão ocorre em meio aos altos preços nas acomodações na capital paraense.
Veja vídeo:
Como parte da estratégia de hospedagem, o governo investiu R$ 263 milhões na contratação de dois navios de luxo, o MSC Seaview e o Costa Diadema, das companhias MSC Cruzeiros e Costa Cruzeiros. Juntas, as embarcações oferecem cerca de 6 mil leitos distribuídos em 3,9 mil cabines e funcionam como hotéis flutuantes atracados no Terminal Portuário de Outeiro, revitalizado especialmente para o evento com apoio da Itaipu Binacional.
Para garantir a operação, foi estabelecida uma garantia pública de R$ 259 milhões, que servirá como seguro para cobrir eventuais prejuízos das empresas em caso de baixa ocupação. A medida gerou críticas por envolver recursos públicos em um momento de restrições orçamentárias.
Delegações de 25 países, entre eles Canadá, Suécia, Holanda e Suíça, também manifestaram insatisfação com os altos preços das hospedagens em Belém, que chegaram a até US$ 700 por diária, o equivalente a R$ 3,8 mil. Algumas comitivas chegaram a cogitar boicotar o evento ou pedir sua transferência para outra cidade.
Além dos navios de luxo, o governo anunciou alternativas como parcerias com o Airbnb, uso de escolas como alojamentos temporários e a disponibilização de unidades do programa Minha Casa Minha Vida. Cerca de 500 acomodações nos navios foram reservadas para países em desenvolvimento, com diárias subsidiadas pela ONU ou pelos próprios governos.
De acordo com o Palácio do Planalto, o navio da Marinha foi descartado por não atender aos padrões de segurança e conforto exigidos pela comitiva presidencial. O governo afirma que a escolha das acomodações priorizou segurança, preço e conforto, e não luxo.
O barco de luxo utilizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a COP30, em Belém, reacendeu o debate sobre o uso de recursos públicos e os critérios de contratação de serviços para eventos oficiais. Segundo reportagem publicada pela revista VEJA, a embarcação escolhida pela comitiva presidencial foi o Iana 3, pertencente ao empresário Iomar Cavalcante de Oliveira, conhecido no Amazonas por manter contratos de locação de barcos com o governo estadual.
De acordo com as informações divulgadas, o Iana 3 foi selecionado após a Presidência da República avaliar que o navio da Marinha, inicialmente previsto para acomodar o presidente e sua equipe, não oferecia o conforto e a estrutura necessários. O barco, classificado como um barco de luxo, dispõe de suítes climatizadas, salas de reunião e áreas de convivência, funcionando como um hotel flutuante.
Ainda segundo a VEJA, o empresário proprietário da embarcação já foi citado em investigações no Amazonas. O Iana 3 chegou a ser alvo de inspeção judicial em 2021, após denúncias de suposto uso do barco em atividades ligadas a campanhas eleitorais na região. Embora não haja confirmação de irregularidades na atual locação feita pela Presidência, o histórico do barco trouxe novas discussões sobre a transparência na utilização de recursos públicos.
O governo federal, por sua vez, afirmou que a contratação da embarcação atendeu a critérios técnicos e de segurança, e que todas as despesas estão dentro da legalidade. O valor do contrato de aluguel, no entanto, ainda não foi divulgado oficialmente, o que alimenta o debate sobre a necessidade de maior clareza nas informações.
O uso do barco de luxo durante a COP30 acabou ofuscando parte da pauta ambiental do evento, um dos mais importantes do calendário climático mundial. A repercussão do caso evidencia como decisões administrativas envolvendo conforto e logística podem se tornar politicamente sensíveis — especialmente quando envolvem figuras públicas e altos valores.
Para especialistas, o episódio reforça a importância da transparência e da prestação de contas em todas as esferas do poder. “O problema não é o uso da estrutura em si, mas a forma como ela é comunicada. A ausência de clareza cria espaço para desconfiança”, avalia um analista político ouvido pela reportagem.
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