Sintepe exalta atuação de Lula na segurança pública e recebe críticas por motivação política. Foto: Reprodução
O Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação de Pernambuco (Sintepe) recebeu uma onda de críticas nas redes sociais após publicar uma nota sobre a megaoperação policial nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, que resultou em 121 mortes, sendo quatro policiais e 117 suspeitos de envolvimento com o crime organizado.
A postagem, feita no perfil oficial do sindicato, comparou a Operação Contenção, considerada a mais letal da história do estado, à Operação Carbono Oculto, realizada pelo governo federal. No texto, o Sintepe exaltou a condução das ações sob o comando do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e criticou a gestão do governador Cláudio Castro (PL) pela forma como a segurança pública vem sendo conduzida no Rio.
Na publicação, o sindicato afirmou que a segurança pública “tem sido um campo de batalha não apenas contra o crime, mas também entre diferentes abordagens”. O texto defendeu que o Estado deve escolher entre “inteligência e respeito à vida, ou improviso e sangue”. A nota ainda apontou que a operação no Rio teve “resultados contestáveis” e que a ação federal desarticulou uma rede criminosa “sem disparar um único tiro”.
A mensagem rapidamente gerou repercussão entre professores e outros trabalhadores da educação. Muitos consideraram que o sindicato ultrapassou seu papel institucional ao se posicionar sobre temas alheios às pautas da categoria.
Nos comentários, internautas cobraram que o Sintepe concentre seus esforços em reivindicações salariais, progressões de carreira e condições de trabalho para os profissionais da educação.
Um deles escreveu: “Não sabia que o Sintepe tinha se especializado em segurança pública. Que tal focar nas causas da nossa carreira e deixar esse debate para os especialistas?”. Outro acrescentou: “Faltou solidariedade com os policiais que morreram. O sindicato deveria se limitar a defender os professores, e não fazer militância política”.
A polêmica ganhou ainda mais força porque a presidente do Sintepe, Ivete Caetano, é filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT) e deve disputar uma vaga na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). O fato alimentou críticas de que o sindicato estaria sendo usado para fins políticos e eleitorais.
“Como pessoa física, cada um pode defender o governo que quiser. Usar uma entidade sindical para isso é desvio de finalidade”, comentou um seguidor. Outro afirmou que vai deixar de contribuir com o sindicato: “Eu pago o Sintepe e estou indignada. Além de não se posicionarem sobre os erros do BDE, agora fazem política com o nosso dinheiro. Meu 1% não faz falta”.
Até o momento, o Sintepe não se manifestou oficialmente sobre as críticas recebidas nem respondeu aos questionamentos sobre a motivação política da nota. O espaço está aberto caso queiram se posicionar
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