06 de fevereiro de 2025 às 17:24 - Atualizado às 17:38
Oliver Costa Goiano, pastor batista e coordenador nacional do núcleo de evangélicos do Partido dos Trabalhadores (PT), Foto: Divulgação
Oliver Costa Goiano, pastor batista e coordenador nacional do núcleo de evangélicos do Partido dos Trabalhadores (PT), se posicionou em defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva após a polêmica sobre sua ausência no culto fúnebre da bispa Keila Ferreira, ocorrido recentemente. Goiano, em entrevista ao portal UOL, ressaltou que o atual presidente não usa a fé religiosa como uma ferramenta de manipulação, ao contrário do que ocorria no governo de Jair Bolsonaro, que, segundo ele, fazia da religião uma peça central de sua estratégia política.
O pastor destacou que, apesar de o presidente Lula ter enviado representantes para o culto, as críticas à sua ausência continuaram. Como exemplo, Goiano mencionou a Marcha para Jesus de 2023, realizada em São Paulo, onde os representantes do presidente foram recebidos com vaias, o que, segundo ele, evidencia que as críticas não estavam realmente relacionadas à presença do presidente, mas sim a uma disputa ideológica e política.
Em resposta à morte de Keila Ferreira, o presidente Lula publicou uma nota oficial lamentando a perda da bispa, destacando seu legado de fé sólida e a importância de sua contribuição à comunidade religiosa. No comunicado, Lula se referiu à bispa como uma “referência de fé inabalável” e reconheceu a grande perda que sua partida representa não apenas para sua família, mas também para todos aqueles que ela tocou com sua trajetória religiosa.
Além disso, Goiano aproveitou para relembrar algumas das ações do governo Lula que beneficiaram a comunidade evangélica, como a criação do Dia Nacional da Marcha para Jesus, sancionada em 2009, durante o segundo mandato do ex-presidente. Essa iniciativa, segundo ele, foi um dos exemplos de como o governo de Lula tem respeitado e incentivado as manifestações de fé sem fazer delas um instrumento político.
Após o desempenho abaixo do esperado nas últimas eleições, especialmente entre o eleitorado evangélico, o PT está adotando novas estratégias para reverter essa situação. O partido, que tem visto um declínio de apoio entre os evangélicos, especialmente em relação ao governo Lula, está buscando formas de fortalecer suas relações com líderes religiosos e pastores identificados com a "direita democrática".
O Núcleo Nacional dos Evangélicos do PT, que tem se empenhado em desenhar estratégias para reverter esse quadro, apresentou um diagnóstico interno com sugestões para aproximar ainda mais o partido desse segmento. Uma das principais propostas é lançar candidatos evangélicos pelo PT em todas as cidades. Oliver Goiano, membro do núcleo e pastor, defendeu a necessidade de tornar o PT mais visível no meio evangélico, dizendo: "Isso fura a bolha e é importante". Segundo ele, a ideia é estabelecer alianças com pastores que já demonstraram simpatia pelo governo Lula, mas com um olhar crítico para evitar figuras oportunistas.
20:55, 27 Mar
29
°c
Fonte: OpenWeather
A medida de antecipar o 13º salário foi uma proposta do governo para amenizar os impactos econômicos enfrentados pelos beneficiários do INSS,
O governador de São Paulo está confiante de que o ex-presidente da República é inocente.
"A única pessoa que tentaram matar fui eu, em uma ação de antigo militante do PSOL", afirma o ex-presidente
mais notícias
+