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MPF processa Igreja Universal por assédio judicial contra jornalista; entenda

A ação solicita que a Iurd pague uma indenização de pelo menos R$ 5 milhões por danos morais coletivos.

08 de fevereiro de 2025 às 19:51   - Atualizado às 19:51

Bispo evangélico, Edir Macedo.

Bispo evangélico, Edir Macedo. Foto: Reprodução/Universal

O Ministério Público Federal (MPF) entrou com uma ação civil pública contra a Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), acusando a instituição de causar dano ao sistema de justiça.

De acordo com o MPF, a igreja orquestrou mais de 100 processos contra o jornalista João Paulo Cuenca, utilizando seus pastores para ingressar com ações idênticas em diferentes estados.

Os procuradores Julio Araújo e Jaime Mitropoulos, responsáveis pela ação, afirmam que a estratégia configurou um uso abusivo do direito de petição e do acesso à Justiça. Além disso, teria violado as liberdades de expressão e de imprensa ao tentar silenciar e constranger o jornalista.

A ação do MPF solicita que a Iurd pague uma indenização de pelo menos R$ 5 milhões por danos morais coletivos.

Segundo o órgão, os recursos sendo direcionados a projetos de combate à violência contra jornalistas. 

O órgão também pede o reconhecimento da responsabilidade civil da instituição.

Apesar da alegação da Igreja Universal de que cada pastor entrou com a ação por iniciativa própria, os procuradores contestam essa versão. Segundo eles, as petições apresentavam conteúdo padronizado, evidenciando uma ação coordenada.

Entenda o caso do MPF

Em junho de 2020, João Paulo Cuenca publicou um post no Twitter (atual X) comentando uma notícia sobre a destinação de verbas do governo federal para canais de rádio e TV ligados a igrejas evangélicas.

Após a publicação, redes sociais iniciaram uma campanha pedindo sua demissão do jornal alemão Deutsche Welle, onde trabalhava. Pouco tempo depois, ele perdeu o emprego.

A Igreja Universal reagiu judicialmente, com o ajuizamento de 144 ações idênticas em Juizados Especiais Cíveis espalhados pelo país. A multiplicação dos processos dificultou a defesa de Cuenca e causou grande desgaste físico, emocional e financeiro.

Caso todas as ações fossem julgadas procedentes, as indenizações somariam R$ 3,3 milhões. O MPF agora busca responsabilizar a igreja por esse uso abusivo do sistema judiciário.

Ministério Público Federal

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