20 de dezembro de 2024 às 17:30 - Atualizado às 17:30
Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
A poucas semanas de encerrar o mandato como presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) vem dizendo a aliados que o governo precisa fazer ajustes e encaminhar uma reforma ministerial no próximo ano.
A figuras próximas, ele diz acreditar que há um desequilíbrio na balança de representação na Esplanada dos Ministérios e que o governo precisa se entender melhor.
Figuras do entorno de Lira até apresentam um argumento repetido por ele: o PT, que tem representação de cerca de 16% na Câmara dos Deputados, controla 80% dos recursos sob tutela das pastas.
Na leitura de Lira, de acordo com esses interlocutores, está descompensado até a proporção de cargos entre legendas do Centrão - umas estariam, dizem esses aliados, com ministros demais enquanto outras estariam subrepresentadas.
O presidente da Câmara, dizem, também crê que a reforma serviria para acomodar o clima ruim que paira na Casa, manifesto por outros deputados nas últimas semanas.
Nessas conversas com aliados, Lira também diz que a anistia aos presos do 8 de Janeiro não deve deixar de estar na discussão no plenário no próximo ano.
Esse projeto de lei teve a tramitação freada pelo próprio Lira, ao determinar a criação de uma comissão especial, que ainda não teve sequer os trabalhos iniciados.
Bolsonaristas condicionaram, neste ano, a votação em Hugo Motta (Republicanos-PB) para suceder Lira na presidência da Câmara caso ele pautasse o tema no plenário da Casa.
Figuras do entorno mais próximo, apontam que Motta, apesar de ter um perfil diferente do alagoano, deverá manter a mesma estrutura de trabalho que Lira.
Após conquistar apoio de Lira, Motta acumulou apoios de legendas que vão do PT ao PL - o que lhe garante amplo favoritismo para assumir o cargo.
A figuras do entorno, Lira diz que voltará ao seu gabinete de deputado e terá como foco destravar as burocracias para formar uma federação entre União, PP e Republicanos.
Se esse grupo se consolidar, a bancada seria composta por 153 deputados e 17 senadores, tendo maioria nas duas Casas do Congresso. O obstáculo maior no momento é resolver impasses em relação à administração da federação nos Estados.
O Senado Federal continua sendo o próximo alvo de Lira, em 2026, quando terá também Renan Calheiros (MDB-AL), seu principal adversário político, na disputa. Serão duas vagas em jogo.
Estadão Conteúdo
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A manifestação da Procuradoria-Geral da União consta nas alegações finais apresentadas na ação penal na qual os acusados são réus.
Na lista de autoridades que passaram pelo gabinete do deputado, estavam os prefeitos Mano Medeiros, prefeito de Jaboatão dos Guararapes.
Assessoria do cantor informou que "o foco dele é música e vaquejada".
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