Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta. Foto: Câmara dos Deputados/Divulgação
O Senado aprovou o aumento do número de deputados federais que, após as eleições de 2026, passará de 513 para 531 representantes na Câmara. O aumento no número de parlamentares deverá custar aos cofres públicos cerca de R$ 150 milhões por ano. O projeto de lei complementar foi aprovado com 41 votos favoráveis contra 33 contrários.
Nos quatro anos de mandato, os 18 novos deputados devem representar R$ 600 milhões de impacto no bolso do contribuinte.
No entanto, os deputados garantem que a Casa Legislativa tem dinheiro em caixa para abrigar os novos colegas que chegarão a partir de 2026.
O relator do projeto de lei aprovado, senador Marcelo Castro (MDB-PI), acatou sugestões do senador Alessandro Vieira (MDB-SE) e, com isso, a Câmara terá que manter os novos mandatos sem aumento real de despesas durante a próxima legislatura (2027-2030), inclusive das verbas de gabinete, cotas parlamentares, passagens aéreas e auxílio-moradia. Nesse período, as despesas terão atualização monetária anualmente.
"Não haverá impacto orçamentário de nenhum centavo", disse Castro.
No entanto, os senadores contrários ao projeto de lei destacaram que a mudança vai aumentar os gastos da Câmara em R$ 150 milhões por ano.
"Sabemos que vai ter impacto. Não é só de salário de deputado: é de estrutura de gabinete, apartamento funcional, emendas parlamentares. Será que os deputados vão abrir mão das suas emendas para acomodar os 18 que vão entrar? É claro que não. Se teve aumento de emendas sem os 18 deputados, imagine com os 18 deputados", afirmou o senador Eduardo Girão (Novo-CE).
Entenda
O PDL 177 de 2023 que prevê o aumento do número de deputados federais foi aprovado na Câmara, e depois no Senado, como resposta à uma exigência do Supremo Tribunal Federal (STF).
A Corte determinou que o Congresso vote uma lei, até 30 de junho deste ano, para redistribuir a representação de deputados federais em relação à proporção da população brasileira em cada unidade da Federação (UF). Isso porque a Constituição determina que o número de vagas de deputados seja ajustado antes de cada eleição “para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta deputados". A última atualização foi em 1993.
Na ocasião, os deputados não quiseram reduzir o número de parlamentares de algumas unidades da Federação seguindo o critério proporcional. Se essa regra fosse seguida, Rio de Janeiro, Bahia, Paraíba, Piauí e Rio Grande do Sul poderiam perder cadeiras.
No lugar, o PDL aprovado na Câmara aumenta o número de vagas para os estados que tenham apresentado crescimento populacional.
Confira os estados que ganham deputados federais
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