Ex-presidente Bolsonaro e o ministro Alexandre de Moraes. Foto: Montagem Portal/Divulgação/STF
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu desculpas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, após ter acusado o magistrado de manipulação das eleições durante uma reunião em seu governo, realizada no dia 5 de julho de 2022.
Moraes citou trechos em que o ex-presidente faz insinuações contra os ministros da Corte.
"Olha o Fachin. O cara não tem limite e não vou falar que o Fachin tá levando 30 milhões de dólares. Não vou falar isso aí. O que o Barroso tá levando, 30 milhões de dólares. Não vou falar isso aí, que o Alexandre de Moraes tá levando 50 milhões de dólares. Não vou falar isso aí. Não vou levar para esse lado. Não tenho prova, pô. Mas algo esquisito está acontecendo", disse o então presidente na época.
"Quais eram os indícios que o senhor tinha que nós estaríamos levando U$S 50 milhões, U$S 30 milhões?", perguntou Moraes.
"Não tem indícios nenhum, senhor ministro. Tanto é que era uma reunião para não ser gravada. Um desabafo, uma retórica que eu usei. Se fosse outros três ocupando teria falado a mesma coisa. Então, me desculpe, não tinha qualquer intenção de acusar de qualquer desvio de conduta os senhores três", respondeu Bolsonaro.
Confira o vídeo:
Interrogatório
Bolsonaro é um dos oito réus do núcleo 1 da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra os acusados de planejar medidas inconstitucionais para tentar reverter o resultado das eleições de 2022 e impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O ex-presidente está sendo interrogado pelo ministro Alexandre de Moraes, no STF, nesta terça-feira, 10 de maio. O ex-presidente Jair Bolsonaro é o sexto a ser ouvido.
De acordo com a acusação da procuradoria, Bolsonaro tinha conhecimento da minuta golpista que previa a decretação de medidas de estado de sítio e prisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e outras autoridades.
Além disso, as acusações foram corroboradas pelos depoimentos de delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid.
Ao ser interrogado ontem (9) por Alexandre de Moraes, Cid disse que Bolsonaro presenciou a apresentação do documento golpista e propôs alterações para constar somente a possibilidade de prisão de Moraes.
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O acusado estava preso pelos atos golpistas por determinação do ministro do STF, Alexandre de Moraes.
A ex-presidente da Argentina foi condenada por realizar pagamentos superfaturados e favorecimento de contratos para obras públicas.
O TCE-PE e o MPF também estão passando um pente fino nos contratos. Uma das empresas investigadas é a mineira Sinarco, que não tem sede ou funcionários em Recife.
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