15 de outubro de 2024 às 13:10 - Atualizado às 13:40
Silvinei Vasques e Bolsonaro. Foto: Reprodução
A Justiça Federal de Santa Catarina determinou na segunda-feira, 14 de outubro, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) preste depoimento no processo administrativo que apura improbidade do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques. A decisão assinada pelo juiz Eduardo Kahler Ribeiro, da 4ª Vara Federal, determina que o depoimento seja prestado de forma oral, e não por escrito.
A decisão atende ao pedido da defesa de Silvinei Vasques, que indicou o ex-presidente como testemunha de defesa e argumentou que um depoimento por escrito poderia prejudicar o direito à defesa e ao contraditório. Além do ex-presidente, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres também foi apontado como testemunha.
Silvinei Vasques é investigado pela Corregedoria-Geral da União (CGU) por sua atuação na corporação durante as eleições de 2022, quando fez declarações públicas em apoio a Jair, pedindo votos ao então candidato à reeleição. O caso pode cassar sua aposentadoria como policial rodoviário federal.
O ex-diretor da PF chegou a presentear Torres com uma camisa com 22 escrito nas costas - número de urna de Bolsonaro. A investigação começou dentro da Corregedoria da própria PRF, mas o tema foi transferido posteriormente à CGU.
Ele também é investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por uma suposta interferência da PRF no segundo turno das eleições presidenciais, quando o chefe anterior do Executivo Federal foi derrotado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Sob o pretexto de que seria preciso combater o transporte irregular de eleitores, principalmente no Nordeste, onde o petista tem mais votos, o então chefe da corporação determinou a realização de blitz em rodovias federais do Nordeste no dia do segundo turno. O objetivo, segundo as investigações, era obstruir o trânsito de eleitores aos locais de votação, o que poderia beneficiar o então presidente.
Por esse caso, foi preso em agosto de 2023 e solto um ano depois por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Como medida alternativa, o magistrado determinou que Silvinei tem que usar tornozeleira eletrônica e fica proibido de usar as redes sociais e de portar arma. Ele também teve seu passaporte cancelado.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou o bolsonarismo a uma "praga de gafanhotos" no primeiro comício do qual participou nas campanhas do segundo turno. Ele acaba de discursar em apoio a Evandro Leitão (PT), que concorre à prefeitura de Fortaleza contra André Fernandes (PL). O candidato do PL tem o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro, o principal adversário de Lula na política nacional.
"Evandro hoje tem contra ele aqueles que têm ódio no PT", disse o presidente da República. "Alguns até que eram amigos do Camilo Santana, ministro da Educação e ex-governador do Ceará e começaram de repente a falar mal do Camilo", declarou Lula. "Eles vão tentar eleger alguém que faz parte da praga de gafanhoto que governou esse País, chamada Jair Bolsonaro", afirmou o petista.
"Conheço pouco o Evandro porque ele entrou no PT há pouco tempo, mas só pelo fato de ele ser o candidato apoiado pelo Camilo, pelo companheiro Elmano de Freitas, governador, e ser o candidato apoiado pelo Cid Gomes, posso dizer para vocês: não tem ninguém melhor para governar Fortaleza", disse o presidente da República.
Lula falou sobre os resultados de seu governo na economia. Disse que o PIB está crescendo e o salário mínimo voltou a aumentar. Também defendeu impostos mais progressivos. Segundo ele, hoje quem ganha muito paga pouco e quem ganha pouco paga muito.
O petista também mencionou o problema que seu avião teve na volta de viagem ao México, no início do mês. A aeronave precisou retornar à capital do país latino, mas teve que dar voltas para gastar combustível antes de pousar.
"Fiquei quatro horas e meia dentro de um avião pedindo a Deus para o avião não cair", afirmou ele.
Estadão Conteúdo
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14:41, 07 Dez
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O acordo terá duração de 35 anos e proporcionará investimentos da ordem de R$ 228 milhões.
A fala do presidente aconteceu em um evento do PT na sexta-feira, 6 de dezembro, e ele também disse que o governo faz entregas, mas a sociedade não tem informações sobre o que é feito.
Mulheres podem se alistar nas Forças Armadas do Brasil pela primeira vez, com início do alistamento em 1º de janeiro de 2025.
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