22 de julho de 2024 às 17:02 - Atualizado às 17:02
Presidentes Lula e Joe Biden. Presidentes Lula e Joe Biden.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou nesta segunda-feira, 22, a desistência de Joe Biden na disputa pela reeleição e disse esperar uma disputa civilizada nos Estados Unidos.
Em declaração à imprensa internacional, o petista elogiou Biden, por quem afirmou seu respeito e disse que o Brasil procurará manter relações com quem for eleito para o cargo.
"Espero que a disputa se dê da forma mais civilizada possível, espero que não tenha baixo nível, espero que não tenha nada que possa colocar o símbolo da democracia em risco", disse Lula durante coletiva de imprensa com agências internacionais em Brasília.
Mais cedo, ele afirmou o seu respeito por Biden e disse que somente o democrata poderia decidir se seria ou não candidato ao pleito presidencial.
"Eu fiquei muito feliz quando o presidente Biden foi eleito e mais ainda pelos posicionamentos dele em defesa dos trabalhadores. Estabelecemos juntos uma parceria estratégica em defesa do trabalho decente no mundo. Eu gosto e respeito muito ele. Somente ele poderia decidir se iria ou não ser candidato", escreveu Lula em publicação no X, antigo Twitter, nesta segunda-feira, 22.
O presidente brasileiro ainda não havia se manifestado sobre a desistência de Biden da corrida eleitoral, anunciada no domingo, 21.
Lula afirmou que, agora, o Partido Democrata terá que escolher "uma candidata ou um candidato", "e que o melhor vença a eleição".
"A relação do Brasil será com quem for eleito. Temos uma parceria estratégica com os Estados Unidos e queremos mantê-la."
Ontem, Biden anunciou que irá abrir mão de sua candidatura na disputa pela presidência americana contra o republicano Donald Trump.
O anúncio ocorreu após semanas de tensão entre os democratas com as crescentes dúvidas sobre a saúde e a aptidão mental de Biden, aos 81 anos, para servir um segundo mandato.
No comunicado, Biden anunciou apoio público à vice-presidente Kamala Harris como candidata à Casa Branca. Em seguida, o presidente americano voltou às redes sociais para convocar os apoiadores do partido a realizar doações para a campanha de Kamala.
Integrantes do governo Lula avaliam que a desistência de Biden para concorrer à reeleição pode enfraquecer a campanha de Trump. Na visão de interlocutores do Planalto, o possível lançamento de Kamala na disputa presidencial deve estimular diferentes grupos sociais a votarem, o que fortalece o Partido Democrata.
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A proposta deverá ser enviada ao Congresso Nacional em novembro, após o período de eleições.
A medida, que já foi aprovada pelo Senado e pela Câmara, depende agora da sanção do presidente para entrar em vigor.
O mecanismo foi instituído pela primeira vez no Brasil pelo, então, presidente Getúlio Vargas, de 3 de outubro de 1931 a 31 de março de 1932 e funcionou continuamente de 1985 até 2019, quando foi revogado pelo Governo de Jair Bolsonaro.
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