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Casos de antissemitismo no Brasil aumentam 350% após ataque do Hamas a Israel, aponta relatório

Segundo a Conib, o Brasil registrou 1.788 episódios de antissemitismo em 2024, a maioria em plataformas digitais. Crescimento está ligado à guerra entre Hamas e Israel.

16 de abril de 2025 às 16:15   - Atualizado às 16:27

Bandeiras de Israel e Brasil

Bandeiras de Israel e Brasil Foto: Reprodução IA

O número de casos de antissemitismo no Brasil teve um crescimento alarmante de 350% em 2024, conforme revelou um relatório divulgado pela Confederação Israelita do Brasil (Conib) em conjunto com a Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp). A escalada nos registros foi impulsionada pelos eventos ocorridos após o ataque do Hamas a Israel, em 7 de outubro de 2023.

De acordo com o estudo, o país registrou 1.788 episódios de antissemitismo ao longo do ano passado. Em comparação, foram 1.410 em 2023 e apenas 397 em 2022. O levantamento destaca que, somente no primeiro mês após o início do conflito no Oriente Médio, as denúncias dispararam em mil por cento.

A média de notificações diárias também subiu de forma expressiva, passando de uma denúncia por dia em 2022 para cinco por dia em 2024, evidenciando a crescente hostilidade enfrentada pela comunidade judaica brasileira.

O relatório afirma que mais de 70% dos casos ocorreram em ambientes virtuais, como redes sociais. Plataformas como X (antigo Twitter) e Instagram foram responsáveis por 48% e 37% dos casos, respectivamente. Facebook, Telegram e LinkedIn aparecem com menores percentuais, mas também registraram ocorrências. Já no mundo físico, os episódios incluíram ofensas verbais, agressões físicas, pichações e vandalismo.

“Esses dados mostram que o antissemitismo no Brasil deixou de ser um fenômeno isolado. Ele está presente nas redes, nas ruas e, muitas vezes, passa despercebido. Não podemos mais ignorar esse cenário”, afirmou Claudio Lottenberg, presidente da Conib, durante o lançamento oficial do documento em São Paulo.

Ainda segundo a entidade, o Brasil teve o maior crescimento global em casos de antissemitismo, atingindo uma alta de 961% desde o início da guerra entre Israel e o Hamas. São Paulo concentrou a maior parte dos registros (24,6%), seguida por Rio de Janeiro (9,5%) e Rio Grande do Sul (8,1%). Outros 50% dos casos ocorreram sem local definido, especialmente em razão da natureza digital das denúncias.

O relatório da Conib é elaborado com apoio técnico da Fisesp e do Departamento de Segurança Comunitária. A coleta dos dados é feita por meio de sistemas de monitoramento, formulários online e denúncias espontâneas recebidas por sites e redes sociais. As entidades também oferecem suporte jurídico às vítimas e promovem ações de conscientização.

O crescimento do antissemitismo no Brasil reforça a urgência de ações educativas e jurídicas para combater a intolerância religiosa e o discurso de ódio, especialmente em ambientes digitais onde a disseminação pode ser rápida e sem controle.

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