Um chinês, naturalizado brasileiro, prestou uma queixa na Delegacia de Porto de Galinhas, em Ipojuca, no dia 2 deste mês.

O estrangeiro, que possui estabelecimentos comerciais na região, relatou ter sido vítima de furto de um iPhone 14, contendo todas as suas senhas e aplicativos bancários.

De acordo com o homem, os suspeitos iniciaram transações financeiras utilizando PIX e transferindo dinheiro para duas contas diferentes.

Antes que pudesse bloquear os aplicativos bancários, o chinês afirmou ter sofrido prejuízo financeiro considerável.

Informações extraoficiais indicam que o grupo criminoso estava exigindo quase R$ 60 mil das contas da vítima.

Segundo o relato do chinês à polícia, o telefone foi furtado enquanto estava no bolso de sua calça, em um momento em que a loja estava movimentada, com clientes e funcionários presentes.

O rastreamento do aparelho revelou que sua última localização foi na área de Iputinga, na Zona Oeste do Recife. Foi a partir desse ponto que a polícia começou a desvendar o caso.

Os investigadores rastrearam as contas bancárias e o celular, identificando duas pessoas que realizaram as transferências financeiras.

PRISÃO DAS SUSPEITAS

Essas pessoas, cujas identidades não foram reveladas, foram conduzidas à delegacia e autuadas em flagrante por “roubo com restrição da liberdade da vítima”.

A polícia civil informou que as suspeitas confessaram estar de posse de parte do dinheiro roubado da conta do chinês.

O PLOT TWIST:

A polícia descobriu, então, que o chinês, na verdade, havia chamado uma garota de programa para encontrá-lo em um motel.

Durante o encontro, a mulher contatou sua irmã, também garota de programa, alegando que o homem se recusava a pagar pelos serviços prestados.

Segundo o delegado, Ney Luiz, titular da Delegacia de Porto de Galinhas, o caso envolveu não apenas uma garota de programa, mas também três travestis que estavam envolvidos na prestação de serviços sexuais.

Diante da suspeita inicial, a segunda garota de programa convocou mais duas pessoas para acompanhá-la até o motel.

Segundo declaração da polícia, através de nota, “As duas pessoas autuadas afirmam que a participação limitou-se a permanecer na entrada do quarto do motel e fornecer as contas bancárias, enquanto outras quatro pessoas intimidavam e agrediam a vítima a fim de obter a chave PIX para realizar transferências”.

A polícia informou que vai pedir judicialmente a quebra de sigilo dos dados para dar continuidade a essas investigações.