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João Campos não concede reajuste aos professores e mais de 100 mil crianças permanecem sem aula

O prefeito do Recife está oferecendo 2,45% de reajuste a partir do mês de maio. O valor é menor do que foi estabelecido pelo Ministério da Educação.

Jameson Ramos

13 de maio de 2025 às 13:51   - Atualizado às 14:14

Professores do Recife e o prefeito João Campos.

Professores do Recife e o prefeito João Campos. Foto: Montagem/Portal de Prefeitura

Os professores da rede municipal de ensino do Recife, que estão em greve desde a sexta-feira, 9 de maio, fizeram um protesto na manhã desta terça-feira, 13 de maio, na Câmara Municipal, área central da capital pernambucana. Os trabalhadores tentaram convocar os vereadores para se alinharem à categoria, mas se depararam com a Casa legislativa vazia.

Os trabalhadores da educação municipal estão cobrando o reajuste de 6,27% no piso salarial da categoria. O aumento foi definido pelo Ministério da Educação (MEC) desde janeiro deste ano. No entanto, o prefeito João Campos está oferecendo o aumento de apenas 2,45% a partir do mês de maio e de 1,5% retroativo de janeiro a abril - o que não foi aceito pela categoria.

Jaqueline Dornelas, coordenadora geral do Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere), destaca que a entidade tinha uma nova mesa de negociação agendada para esta terça, no entanto, foi comunicado pela Prefeitura que não iria mais ocorrer as negociações por conta da greve deflagrada.

“Nós tínhamos essa mesa prevista para hoje pela manhã, mas quando deflagramos a greve no dia 9, ontem de noite nós recebemos a comunicação de que o prefeito não negocia com grevistas e, por isso, a mesa tinha sido cancelada”, explica Jaqueline em entrevista ao Portal de Prefeitura.

Ela aponta ainda que a Prefeitura do Recife quer o fim da greve como condição para negociar a valorização dos professores.

Anna Davi, que também integra a coordenadoria do Simpere, destaca que a greve permanece e que, com isso, cerca de 100 mil crianças ficarão sem aula por conta da falta de vontade política do prefeito em resolver a situação.

"A culpa é do governo que não quer negociar. Nós viemos para cá pedir a intervenção da Câmara para que as negociações sejam reabertas e a gente possa chegar a um acordo do piso salarial da carreira, que é o que o professor quer”, aponta Anna.

Confira a entrevista

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

O Simpere ressalta que nesta quarta-feira, 14 de maio, será realizada uma assembleia geral no pátio da Prefeitura, às 8h, para definir os próximos passos da greve. “A negativa do prefeito pela mesa de negociação mudou o caráter e agora será uma assembleia de pressão na frente”, pontua Jaqueline Dornelas.

Exigências do Simpere

  • Pagamento integral dos 6,27% de reajuste em relação ao piso de 2024;
  • Incorporação do reajuste à carreira para professores ativos e aposentados;
  • Garantia da aula-atividade (carga horária dedicada à preparação de aula).
     

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