Benedito Gonçalves ficou marcado ao afirmar ao ministro Alexandre de Moraes que "missão dada é missão cumprida" durante a diplomação do presidente Lula, em dezembro de 2022.
Alexandre de Moraes e Benedito Gonçalves. Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE
O governo dos Estados Unidos revogou nesta segunda-feira, 22 de setembro, o visto do ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Benedito Gonçalves, segundo informações da Reuters.
Gonçalves foi relator das ações que resultaram na inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por suposto abuso de poder político e econômico, em decisões que o impediram de disputar eleições pelos próximos oito anos.
O magistrado também ficou marcado ao afirmar ao ministro Alexandre de Moraes que “missão dada é missão cumprida” durante a diplomação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em dezembro de 2022.
De acordo com a agência, a medida faz parte de uma lista de sanções contra aliados de Moraes. Também foram incluídos o ex-procurador-geral José Levi, o juiz auxiliar do STF Airton Vieira, o ex-assessor do TSE Marco Antonio Martin Vargas e o assessor Rafael Henrique Janela Tamai Rocha.
O governo Trump justificou as punições como resposta ao que classificou de “caça às bruxas” contra Bolsonaro e às ações de Moraes em defesa da regulação das big techs.
Ainda nesta segunda-feira, os Estados Unidos aplicaram a Lei Magnitsky contra Viviane Barci de Moraes, esposa de Alexandre de Moraes.
A sanção bloqueia bens dela e de empresas ligadas ao casal em solo americano, além de proibir qualquer transação financeira com cidadãos ou companhias norte-americanas.
Em comunicado, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, criticou diretamente a atuação de Moraes, mencionando uma suposta “caça às bruxas” que teria como alvo o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro.
“Alexandre de Moraes assumiu para si o papel de juiz e júri em uma caça às bruxas ilegal contra cidadãos e empresas dos Estados Unidos e do Brasil”, afirmou Bessent.
O secretário acrescentou que Moraes é responsabilizado por ações que incluem censura, detenções arbitrárias e processos judicializados com motivação política. Segundo Bessent, a medida demonstra que o Tesouro continuará a responsabilizar aqueles que ameaçam os interesses dos EUA e as liberdades de seus cidadãos.
“Moraes é responsável por uma campanha opressiva de censura, detenções arbitrárias que violam os direitos humanos e processos judicializados com motivação política — inclusive contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. A ação de hoje deixa claro que o Tesouro continuará responsabilizando aqueles que ameaçam os interesses dos EUA e as liberdades de nossos cidadãos”, completou o comunicado.
1
03:32, 09 Nov
26
°c
Fonte: OpenWeather
'Sabe-se que há algo de suspeito', disse o presidente americano em postagem nas redes sociais.
Em uma sequência de três vídeos sobre o país no YouTube, que somam mais de 4 milhões de visualizações, o Nômade Raiz passeou por diferentes locais.
A carta reconhece "o valor e a honra desses profissionais que deram suas vidas em defesa da segurança pública."
mais notícias
+