Contra a vontade dos pais, Justiça ordena desligamento de aparelhos que mantém bebê viva

Nesta sexta-feira (10), a Justiça do Reino Unido rejeitou mais um apelo da família da bebê Indi Gregory, de oito meses, que buscava o direito de decidir pelo desligamento dos aparelhos que sustentam a vida da criança. Indi sofre de uma rara doença mitocondrial sem cura, afetando a produção de energia celular.

O juiz Peter Jackson, encarregado do caso, considerou o último pedido da família "totalmente sem mérito" e expressou "profunda preocupação" com as ações legais, rotulando-as como "manipuladoras" para frustrar decisões judiciais. Ele afirmou ainda que futuros recursos no caso não serão mais "tolerados".

O Queen’s Medical Centre, em Nottingham, onde a bebê Indi está internada, afirma que não há mais ações a serem tomadas em seu tratamento. Apesar dos esforços da família para encerrar os cuidados em casa, o Judiciário britânico determinou que isso só poderia ocorrer no hospital.

Dean Gregory e Claire Staniforth, pais de Indi, buscaram reverter a decisão médica de encerrar os cuidados da criança, enfrentando batalhas judiciais nas últimas semanas. Em outubro, um juiz concedeu autorização inicial para a retirada dos aparelhos.

Os pais apelaram até ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, mas não obtiveram sucesso. O Hospital Infantil Bambino Gesu, em Roma, concordou em fornecer tratamento, contudo, um juiz britânico recusou a transferência da bebê para Roma.