Desde 2020, Cristina já confeccionou mais de 300 bonecas, que simulam recém-nascidos com detalhes como veias aparentes, marcas de nascença e cabelo implantado fio a fio.
Artesã brasileira fatura até R$ 20 mil com venda de bebês reborn. Foto: Arte/Portal de Prefeitura
A professora e artesã Cristina Ribeiro, de Belém (PA), tem faturado entre R$ 8 mil e R$ 20 mil em períodos de alta demanda, como o Natal e o Dia das Crianças, com a produção e venda de bonecas hiper-realistas conhecidas como bebês reborn.
Desde 2020, Cristina já confeccionou mais de 300 bonecas, que simulam recém-nascidos com detalhes como veias aparentes, marcas de nascença e cabelo implantado fio a fio. Os preços das peças variam entre R$ 1.200 e R$ 3.500.
As vendas são feitas principalmente por encomenda, mas a artesã também mantém algumas unidades à pronta entrega. Os pedidos chegam de diferentes regiões do Brasil e também do exterior.
A produção começa a partir de kits de vinil siliconado adquiridos diretamente da fábrica. A artesã realiza todo o processo artesanal: lavagem, pintura em camadas, secagem no forno, envernizamento, implantação de cabelo e montagem do corpo conforme a solicitação do cliente.
Cada boneca é entregue com acessórios como roupa, chupeta magnética, carteira de vacinação simbólica e certidão de nascimento.
Cristina investiu em cursos presenciais e online para aprender as técnicas de confecção. Além de uso recreativo e colecionável, os bebês reborn também têm sido utilizados por profissionais da saúde e educação, incluindo doulas, psicólogos e cuidadores de idosos.
Nos últimos meses, o tema voltou a ganhar visibilidade nas redes sociais, com vídeos sobre bebês reborn alcançando milhões de visualizações e ampliando o interesse pelo mercado.
Nesta sexta-feira, 16 de maio, o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD-SC), através de um vídeo publicado nas suas redes sociais se pronunciou acerca da nova febre de bebês reborn.
O gestor disse que qualquer pessoa que for até uma unidade de saúde do município e levar os bonecos hiper-realistas para uma consulta médica deverá ser internado involuntariamente.
"Se alguém inventar de entrar em uma unidade de saúde para pegar uma ficha, para levar o bebê reborn para consultar, a ordem está dada: Pode pegar o autor, o proprietário desse bonequinho e nós vamos internar involuntariamente, que não pode, a pessoa não pode estar bem", afirmou o prefeito no vídeo que já ultrapassa de 1 milhão de visualizações.
Para ele, essa nova cultura é falta de "espiritualidade" e "Deus no coração" da parte de quem trata o brinquedo como uma criança de verdade.
"Não tenho nada contra. Quem quer ter, que tenha. Trata como um boneco. Mas agora tem gente querendo tratar como um bebê de verdade. E tem gente querendo levar para consulta".
Na oportunidade, aproveitou para tratar sobre os parlamentares que estão tendo que criar leis para a proibição de atendimento hospitalar para os bonecos.
"Tem estado brasileiro que tem deputado criando uma lei proibindo o atendimento em unidades de saúde. Quero deixar muito claro, Chapecó não vai ter lei nenhuma lei dessa natureza. Isso é um absurdo!", completou.
O que é um bebê reborn?
Um bebê reborn é uma boneca hiper-realista feita à mão para se parecer ao máximo com um recém-nascido de verdade. Os artistas usam técnicas específicas de pintura em vinil ou silicone, colocam cílios, cabelo implantado fio a fio, peso semelhante ao de um bebê de verdade, e às vezes até sistemas que simulam respiração ou batimentos cardíacos.
Entenda a alta dos bonecos
A febre dos bebês reborn cresceu no Brasil e no mundo, e se tornou um fenômeno nas redes sociais, onde as pessoas compartilham vídeos de cuidados diários com os bonecos atraindo milhões de visualizações. Para muitos, funcionam como apoio emocional em casos de luto, depressão ou solidão. Outros veem como peças de colecionador. Na internet, a modinha vem dividindo opiniões.
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