Bolsonaro: "Falam em vários nomes, mas chance só tenho eu (de vencer Lula) em 2026"

Mesmo inelegível, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou sua intenção de disputar a Presidência em 2026. Em entrevista à Veja, ele declarou que só considerarão outros nomes quando ele "estiver enterrado". Bolsonaro também comentou sobre o desempenho do seu partido nas eleições municipais, destacando o pleito em São Paulo e elogiando Pablo Marçal (PRTB) como “um jovem com futuro promissor, mas que começou arranhando”.

Questionado sobre apoio a possíveis candidatos, Bolsonaro afirmou que ele próprio seria o único capaz de vencer em 2026.

Entre no nosso canal de transmissão no WhatsApp e receba as notícias do Portal de Prefeitura no seu celular

"Falam em vários nomes, Tarcísio, Caiado, Zema… O Tarcísio é um baita gestor. Mas eu só falo depois de enterrado. Estou vivo. Com todo o respeito, chance só tenho eu, o resto não tem nome nacional. O candidato sou eu", disse.

Ele criticou como "injustiça e perseguição" a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que em 2023 o tornou inelegível por abuso de poder econômico. Sobre a possibilidade de indiciamento no inquérito da tentativa de golpe, disse não temer o julgamento, mas "quem vai julgar".

Leia Também

Articulação

BOLSONARO indica apoio do PL a ALCOLUMBRE no Senado e vai definir sobre MOTTA NA CÂMARA

Avaliação

Bolsonaro diz que direita deu "sapecada" na esquerda nestas eleições

Para reverter sua situação, Bolsonaro mencionou quatro alternativas: contar com apoio do Parlamento, tentar uma ação no STF, aguardar o prazo máximo para o registro de candidatura e esperar que o TSE decida. Sobre um possível segundo mandato, destacou que continua “imbrochável” e defendeu sua postura na pandemia.

Além disso, Bolsonaro revelou que três membros de sua família pretendem disputar o Senado em 2026.

"O Flávio vai para a reeleição, e quem lançou o Eduardo foi o Valdemar Costa Neto, nosso presidente. A Michelle deve concorrer ao Senado pelo Distrito Federal, tem grande chance de se eleger. É o plano ideal para ela", afirmou.

Quanto à disputa em São Paulo, ele comentou o apoio dividido entre o prefeito reeleito Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal, mencionando que o ex-coach tem potencial, embora ainda "esteja começando".

 "Fez aquela live às vésperas do segundo turno com o Guilherme Boulos (PSOL). Ali, cometeu um erro, querendo aliviar o lado dele junto ao Boulos por causa da divulgação do laudo falso", avaliou ele.

Bolsonaro diz que direita deu "sapecada" na esquerda nestas eleições

No domingo, 27 de outubro, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) considerou positivo o desempenho de seu partido e da direita nas eleições municipais no primeiro turno. O Partido Liberal (PL) alcançou 517 prefeituras e elegeu 4.924 vereadores pelo país. 

Bolsonaro discutiu o assunto enquanto acompanhava a votação de Fred Rodrigues (PL) em Goiânia, que acabou não sendo eleito. 

"Se você vê o PL, olha só, em dois terços dos municípios, o PL não teve candidato. Então esse embate meu com a esquerda, nesses municípios, a tendência foi não votar no PT", declarou ele à CNN.

Ele destacou que o PL não teve candidatos em dois terços dos municípios e, nesses locais, eleitores optaram por partidos de direita, centro-direita e até de centro, fortalecendo o campo oposto à esquerda.

"Não votou no PL porque não tinha, e votou em outros partidos. Então, ajudamos outros partidos de direita, centro-direita, até de centro ajudamos bastante. E foi uma sapecada monumental em cima da esquerda".

Estadão Conteúdo