16 de novembro de 2024 às 13:06 - Atualizado às 13:09
Putin e Donald Trump. Foto: Arte/Portal de Prefeitura
A Rússia anunciou nesta sexta-feira (15) que passará a restringir a exportação de urânio enriquecido para os Estados Unidos, uma medida que aumenta os riscos de desabastecimento para as usinas nucleares norte-americanas. Em 2023, os EUA foram responsáveis por mais de 25% das importações de urânio russo, o que coloca em xeque a segurança do fornecimento de combustível nuclear para os reatores norte-americanos. A decisão de Moscou é uma resposta direta às sanções ocidentais, conforme afirmou o presidente russo, Vladimir Putin.
A medida vem em resposta à proibição imposta pelos EUA no início deste ano, que proibiu a importação de urânio enriquecido russo. No entanto, Washington incluiu exceções na medida, permitindo importações de urânio russo até 2027, desde que o fornecimento estivesse em risco de escassez. A Rússia, que é o sexto maior produtor mundial de urânio, controla cerca de 44% da capacidade global de enriquecimento do material. Em 2023, os EUA foram um dos principais compradores de urânio russo, ao lado de países como China, Coreia do Sul e França. No ano passado, a Rússia forneceu cerca de 27% do urânio enriquecido utilizado pelos reatores nucleares comerciais nos Estados Unidos.
A restrição foi oficializada por meio de um decreto do governo russo, sendo a primeira ação concreta após Putin sugerir, em setembro, a limitação das exportações de urânio, titânio e níquel como parte de uma estratégia para retaliar as sanções impostas pelo Ocidente. A medida também faz parte de uma crescente pressão econômica sobre os EUA e seus aliados, que buscam reduzir a dependência de recursos russos em várias áreas estratégicas.
Apesar da proibição, as exportações russas de urânio para os EUA já apresentavam uma queda de 30% até julho deste ano, com um total de 313.050 quilos exportados, comparado aos 445.000 quilos exportados no mesmo período de 2023. Não está claro se os Estados Unidos continuam a importar urânio russo desde que a proibição entrou em vigor, em agosto.
Além disso, o governo dos EUA investiga um possível aumento nas importações de urânio da China, o que levanta suspeitas de que Pequim possa estar auxiliando Moscou a contornar as sanções ocidentais, ajudando a manter sua posição dominante no mercado global de combustível nuclear.
Essa nova etapa na tensão geopolítica entre Moscou e Washington pode ter sérias repercussões para o mercado de energia nuclear, além de gerar um impacto econômico significativo para ambos os países. A escassez de urânio, se ocorrer, pode afetar a operação de reatores nucleares nos Estados Unidos, um dos maiores consumidores de combustível nuclear no mundo.
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